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Hospital é local de trabalho; não de desfile de fantasias

Por Luiz Santos

27/03/2024 08h24 Atualizada há 2 meses
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Instagram diamannefer
Instagram diamannefer

Circula nas redes sociais um vídeo muito curioso e que chama a atenção. Nele, um médico desfila com uma fantasia colorida como se estivesse em uma passarela de moda exibindo-se para o público presente e cuja postura do profissional médico despertou atenção e gerou muitos comentários e discussões.

Sabe-se que em repartições públicas trajes como camiseta, bermuda, mini-saia [...] são, até certo ponto, indumentárias proibidas tanto para os funcionários quanto para pessoas que as freqüentam. Em uma unidade de saúde em especial, algumas vestimentas não são apropriadas, pois podem contribuir para a proliferação de bactérias.

Lembro-me de um projeto de lei que, onde o então deputado estadual Carlos Geilson discutiu esse assunto exaustivamente na Assembléia Legislativa da Bahia (ALBA), para aprovação de uma lei que proíba o uso de jalecos médicos fora do ambiente de trabalho e cujo objetivo é não contribuir com a proliferação de bactérias seja de fora para dentro nem de dentro para fora das unidades de saúde, o que parece sensato.

Um médico fantasiado, desfilando nos corredores de uma unidade de saúde não parece ético. As pessoas que vão a uma unidade de saúde vão em busca de atendimento médico, não para assistir desfile de fantasia de quem quer que seja. 

A orientação sexual de cada ser humano não importa, é questão particular e não deve, em hipótese nenhuma, influenciar positiva ou negativamente no que diz respeito ao profissionalismo. Cada profissional deve exercer sua função independente da orientação sexual. Não parece, ainda, ser ético querer “lacrar” na internet para ganhar visibilidade de seguidores, pois isso não ajuda em absolutamente nada. O respeito tem que existir de ambas as partes, de pacientes e profissionais.

Não defendemos qualquer tipo de discriminação. Porém, salvo melhor juízo, essa postura do médico que aparece no vídeo pode não contribuir para o embate, o enfrentamento sobre os crimes, incluindo de homofobia, tão latentes neste país. Lamentamos a postura do médico, acreditamos que a unidade de ensino superior que ele cursou durante anos não deve tê-lo ensinado a usar fantasias ou mesmo desfilar, mas sim, cuidar de vidas.

Ainda bem que “em tempo” a Fundação Hospitalar Inácia Pinto dos Santos, responsável pela gestão da seríssima Instituição Hospital da Mulher, adotou as devidas providências.

Por fim, que os direitos sejam respeitados, independente da orientação sexual; que o profissionalismo fale mais alto do que as questões pessoais.

Posicionamento da direção do Hospital da Mulher

Por Luiz Santos, radialista e Jornalista

3 comentários
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Alessandra Há 2 meses Feira de Santana Concordo que o respeito está acima de tudo!Mas... hospital não é lugar de desfile e sim de cuidar e tratar os pacientes com educação e humanização coisa que não acontece no hospital da mulher!
PAI DE FAMÍLIA Há 2 meses Feira de Santana Parabéns pela reportagem, muito bem colocada todas as questões, opção sexual é pessoal, cada um faz o que que dá sua vida, mas tentar MIDIAR , aí não,tem que respeitar o local de trabalho, hoje reclamam que motorista de aplicativo trabalha de bermuda, o respeito é mútuo, quem que tem que dar, heteros, gays etc etc etc tem os mesmos direitos e deveres, então acima de tudo tem que manter o RESPEITO.
Amado NizaralaHá 2 meses SalvadorAchei lamentável essa nota, discriminatória e com tintes homofóbicos. Incomodou a quem a quem por aparecer em um corredor de um hospital vestido com seu personagem, Diaman Nefer. Isso não tira em nada sua capacidade como médico e muito menos sua qualidade humana. Está na hora de aceitarmos as pessoas como elas são e não forçando as pessoas a serem quem não são. Devemos respeitar estes filhos de Deus, afinal se não fosse sua vontade eles não seríam como são afinal, diande dele todos somos iguais.
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