Circula nas redes sociais um vídeo muito curioso e que chama a atenção. Nele, um médico desfila com uma fantasia colorida como se estivesse em uma passarela de moda exibindo-se para o público presente e cuja postura do profissional médico despertou atenção e gerou muitos comentários e discussões.
Sabe-se que em repartições públicas trajes como camiseta, bermuda, mini-saia [...] são, até certo ponto, indumentárias proibidas tanto para os funcionários quanto para pessoas que as freqüentam. Em uma unidade de saúde em especial, algumas vestimentas não são apropriadas, pois podem contribuir para a proliferação de bactérias.
Lembro-me de um projeto de lei que, onde o então deputado estadual Carlos Geilson discutiu esse assunto exaustivamente na Assembléia Legislativa da Bahia (ALBA), para aprovação de uma lei que proíba o uso de jalecos médicos fora do ambiente de trabalho e cujo objetivo é não contribuir com a proliferação de bactérias seja de fora para dentro nem de dentro para fora das unidades de saúde, o que parece sensato.
Um médico fantasiado, desfilando nos corredores de uma unidade de saúde não parece ético. As pessoas que vão a uma unidade de saúde vão em busca de atendimento médico, não para assistir desfile de fantasia de quem quer que seja.
A orientação sexual de cada ser humano não importa, é questão particular e não deve, em hipótese nenhuma, influenciar positiva ou negativamente no que diz respeito ao profissionalismo. Cada profissional deve exercer sua função independente da orientação sexual. Não parece, ainda, ser ético querer “lacrar” na internet para ganhar visibilidade de seguidores, pois isso não ajuda em absolutamente nada. O respeito tem que existir de ambas as partes, de pacientes e profissionais.
Não defendemos qualquer tipo de discriminação. Porém, salvo melhor juízo, essa postura do médico que aparece no vídeo pode não contribuir para o embate, o enfrentamento sobre os crimes, incluindo de homofobia, tão latentes neste país. Lamentamos a postura do médico, acreditamos que a unidade de ensino superior que ele cursou durante anos não deve tê-lo ensinado a usar fantasias ou mesmo desfilar, mas sim, cuidar de vidas.
Ainda bem que “em tempo” a Fundação Hospitalar Inácia Pinto dos Santos, responsável pela gestão da seríssima Instituição Hospital da Mulher, adotou as devidas providências.
Por fim, que os direitos sejam respeitados, independente da orientação sexual; que o profissionalismo fale mais alto do que as questões pessoais.
Posicionamento da direção do Hospital da Mulher
Por Luiz Santos, radialista e Jornalista
Mín. 21° Máx. 34°
Mín. 21° Máx. 34°
Parcialmente nubladoMín. 22° Máx. 34°
Chuvas esparsas