Há quase 125 anos, em 1909, uma mulher nascida no recôncavo da Bahia, fez história ao se tornar a primeira médica negra do Brasil. Nascida na cidade de São Félix, Maria Odília Teixeira foi a sétima mulher graduada pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Ela era filha do também médico José Teixeira e também foi a primeira professora negra daFaculdade de Medicina da Bahia. Maria era bisneta de uma escravizada liberta moradora da cidade de São Félix, aos 13 anos, deixou São Félix e seguiu para Salvador, onde estudou no Ginásio da Bahia. Ela era filha de um homem branco e de uma mulher negra. O pai de Maria Odília Teixeira era o também médico José Teixeira, sendo Maria Odília a primeira mulher negra a se graduar em medicina no Brasil, em 15 de dezembro de 1909, com muito esforço e ajuda de seus familiares.
Apesar de médico, o patriarca da família era de origem humilde e Maria Odília contou com a ajuda de seu irmão, Tertuliano, para concluir a faculdade. Além do pai de Maria Odília, um dos filhos dela, dois netos e duas bisnetas da médica optaram por seguir carreira na área.
A primeira médica negra do país falava cinco línguas fluentemente, pesquisou o tratamento da cirrose e se tornou a 1ª professora negra da Faculdade de Medicina da Bahia. Ela passou a lecionar cinco anos após conclusão de curso, na matéria Clínica Obstétrica. Para dedicar-se à família, apesar de não haver exigência do marido, Dra. Maria Odília Teixeira abandonou a profissão médica.
A médica baiana também foi emblemática quando o tema é a luta contra o totalitarismo. Em 1937, seu marido, Eusínio Gaston Lavigne, foi destituído do cargo de prefeito da cidade na ditadura do Estado Novo, quase trinta anos depois, em 1964, viu o esposo ser preso durante a ditadura militar. Em 2019, a história de Maria Odília foi tema de dissertação de mestrado na Universidade Federal da Bahia. Maria Odília morreu em 1970, aos 86 anos.
O levantamento Demografia Médica do Brasil, publicado em 2020, mostra que apenas 3,4% dos concluintes de medicina em 2019 se autodeclararam da cor ou raça preta, 24,3% se declararam pardos e 67,1% se declararam brancos.
Fonte G1
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