Quarta, 10 de Setembro de 2025
(75) 99168-0053
Brasil Armas Roubadas

Vinte militares são investigados por suspeita de participação em furto de armas do Exército

7 deles estão proibidos de deixar quartel em Barueri, Grande São Paulo, porque teriam participação direta no crime. Outros 13 teriam contribuído indiretamente

22/10/2023 16h34 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Metralhadoras recuperadas pelo Exército e pela Polícia Civil do RJ — Foto: Reprodução
Metralhadoras recuperadas pelo Exército e pela Polícia Civil do RJ — Foto: Reprodução

Aproximadamente 20 militares estão sendo investigados pelo Exército por suspeita de envolvimento com o furto das 21 metralhadoras, em setembro, do quartel de Barueri, Grande São Paulo.

Segundo fontes da reportagem, sete desses militares estão impedidos de deixar o Arsenal de Guerra por indícios de participação direta no crime. Outros 13 militares, investigados por participação indireta, estão podendo deixar o local após o trabalho.

Neste domingo (22), o Comando Militar do Sudeste (CMSE) convocou entrevista coletiva, na sua sede na capital capital paulista, para tratar da investigação e localização de 17 dessas armas furtadas. Nesta semana elas foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O general Maurício Vieira Gama, chefe do Comando Militar do Sudeste, também comentou a busca pelas outras quatro metralhadoras que ainda não foram encontradas. Informou ainda que desde o início do caso está em contato direto com a Polícia Civil fluminense e também com a paulista. E que a troca dessas informações ajudou a recuperar as armas que haviam sido negociadas por militares com criminosos.

    "Nós temos hoje na frente da esfera administrativa, nós temos aí em torno de 20 militares que respondem disciplinarmente por terem negligenciado na conferência, na fiscalização, na gerência do controle desse armamento. Então são militares que estão respondendo na esfera disciplinar", disse ao g1 o general Maurício, repercutindo o que havia dito antes na coletiva.

"Mas isso não exime também de alguns deles responderem na esfera criminal por participação direta, nesse crime, nesse furto do armamento. Então são duas coisas distintas. Agora pode ser que tenham militares que estão sendo investigados nas duas frentes", explicou o general.

Sete militares impedidos de sair

A reportagem também apurou que sete desses militares estão impedidos de sair do Arsenal de Guerra desde 10 de outubro, quando o desaparecimento das armas foi confirmado pelo Exército durante inspeção. Há indícios de que eles teriam participação mais efetiva no crime, colaborando.

Sendo que três deles, desse grupo de sete, seriam os responsáveis diretos pelo furto, de acordo com a investigação: um teria aberto o paiol, outro pegou as armas e um terceiro transportou num caminhão militar para fora do quartel.

Outros 13 militares do grupo de 20 investigados estão podendo ir para casa e voltar para trabalhar no quartel.

Até a última atualização desta reportagem nenhum militar investigado pelo sumiço das metralhadoras havia sido punido. Àqueles que forem considerados culpados por negligência, ou seja, pela participação indireta no furto das metralhadoras, receberão penas administrativas. Elas podem ir da prisão temporária por 30 dias.

Os militares apontados na investigação por terem envolvimento direto no furto responderão criminalmente na Justiça Militar. Nesse caso, se forem punidos, poderão ser presos preventivamente até que sejam julgados. E também poderão ser expulsos da instituição.

Fonte: G1

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.