Após o ataque surpresa do grupo extremista islâmico armado Hamas, que bombardeou Israel no sábado (7), e teve como resposta a operação 'Espadas de Ferro' do governo israelense, onde muitas já perderam a vida, o clima é de apreensão entre os brasileiros que vivem na região.
Em entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, concedida na manhã desta terça (10), o músico baiano Bruno Passy, que reside na cidade de Ramat Gan, próxima a Tel Aviv, onde há registros de edifícios danificados com o ataque do Hamas, e relata como tem sido a vida no país.
"É uma experiência atípica, até o presente momento estamos sofrendo uma escalada no conflito, as coisas pioraram um pouco porque o Exército israelense começou a revidar, recebemos notícias que além do Sul de Israel, o Norte também está sob ataque, mas, permanecemos confiantes, sabemos que no final das contas, sairemos dessa o mais rápido possível", disse.
CN - Como estão sendo os dias em meio à guerra?
Bruno Passy - Moro no centro do país, perto de Tel Aviv, só que a partir dos ataques, ao ouvir as sirenes e alarmes anti bombas, me mudei temporariamente para a casa da minha sogra, que fica em uma região a cerca de 30 km do centro, onde felizmente ainda não estamos ouvindo bombas nem nada do tipo, está tranquilo até o momento.
Momento do ataque
"Estava em casa, aconteceu no sábado (7), no Shabat, um dia de descanso para o judaísmo, e além disso era feriado, estávamos em casa tranquilos, ninguém imaginava, fomos pegos de surpresa, e quando vimos as imagens do ataque terrorista, ocorria no momento uma festa a céu aberto no sul do país, esse ataque foi contra civis, pessoas que não tem nada a ver, algumas nem eram israelenses, muitos desaparecidos, acordamos com os sons das sirenes".
Segundo Bruno, alguns de seus amigos foram convocados para servir ao Exército.
"Tinha uma menina que eu conhecia por intermédio de uma outra amiga brasileira, que estava sem sinal de comunicação, mas acredito já ter sido encontrada, fiquei sabendo que um dos meus amigos que é brasileiro, foi convocado para servir ao Exército como reservista, é uma situação complicada, porque assim que ele entra na ativa, perdemos o contato, por questão de segurança ninguém informa onde ele está e onde vai ficar, a família da minha noiva também tem familiares que foram convocados como reservistas e estão servindo nesse exato momento perto da Faixa de Gaza".
Bruno finaliza afirmando que a situação é preocupante, pois, não podem sair de casa, precisam estocar alimento e água e os produtos estão começando a faltar.
"A determinação é que todo mundo fique em casa, as pessoas estão trabalhando em home office, evitar sair, houve uma recomendação para que comecemos a estocar alimentos e água, por pelo menos 3 dias, os supermercados ainda estão abertos, mas, já percebe-se a falta de muita coisa, as prateleiras estão começando a ficar vazias porque o pessoal está estocando tudo, porque não é possível saber até quando durará essa situação", concluiu.
Reportagem: Hely Beltrão e Berinaldo Cazumbá
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