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Justiça Caso Heloísa

Ministério Público acredita que PRF disparou mais de 3 vezes contra carro onde estava a criança

A menina morreu na manhã de ontem (16) após nove dias internada

17/09/2023 15h45
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Reprodução
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O Ministério Público Federal ( MPF ) do Rio de Janeiro suspeita que os policiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal) deram mais de três tiros durante ação que matou Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, após uma abordagem na Baixada Fluminense . Por conta disso, o órgão pediu à Polícia Federal que uma nova perícia seja realizada.

O agente Fabiano Menacho Ferreira, autor dos disparos, relatou que atirou três vezes contra o carro da família da vítima. Um deles atingiu a cabeça da menina.

“Pelas fotografias tiradas pelos agentes, mostram mais tiros do que consta no laudo da Polícia Civil. Nós precisamos saber exatamente a posição, a trajetória das balas", disse Eduardo Benones, coordenador do Núcleo Externo da Atividade Policial do MPF-RJ.

Heloísa morreu na manhã de ontem (16) ao sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela estava internada há nove dias no Hospital Adão Pereira Nunes em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Os agentes, Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos tiveram pedido de prisão preventiva apresentada pelo MPF . Segundo Benones, 28 oficiais da PRF foram até o hospital após o incidente, o que foi visto como uma tentativa de intimidar a família.   

Ainda, os policiais afirmaram que realizaram os disparos porque haviam ouvido um tiro e verificaram que o carro em que a menina estava era roubado. A família nega ter ouvido um tiro e diz não saber que o carro era roubado.

"Tem um agravante: ainda que o veículo seja um veículo roubado ou furtado, quando você toma uma atitude dessa, o que você fez no balanço dos valores foi valorizar mais a propriedade que é o carro do que a vida humana. Isto é muito grave”, afirmou o procurador Benones.

Após a morte de Heloísa, a PRF emitiu uma nota. “Solidarizamo-nos com os familiares, neste momento de dor, e expressamos as mais sinceras condolências pela perda”, disse. O órgão informou também que a Comissão de Direitos Humanos segue acompanhando a família “para acolhimento e apoio psicológico”.

Fonte: Último Segundo

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