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Brasil Garimpo Ilegal

Tenente Coronel do Exército é preso pela PF por suspeita de participação em esquema de garimpo ilegal

Terça (27)

27/06/2023 09h07 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Operação da Polícia Federal em Manaus. — Foto: Rede Amazônica
Operação da Polícia Federal em Manaus. — Foto: Rede Amazônica

A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta terça-feira (27), uma operação de combate ao garimpo ilegal em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Ponta Grossa (PR), onde mora um dos alvos. Trata-se de um tenente-coronel do exército que não teve o nome divulgado.

Segundo a PF, ele é suspeito de vazar informações para os garimpeiros. A operação investiga crimes contra o meio ambiente e a União, além de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. As irregularidades, apuradas de 2020 a 2023, acontecem em Japurá (AM). 

Segundo a PF, equipes cumpriram três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão.

Segundo as investigações, o militar suspeito recebia propina dos garimpeiros que atuam na floresta amazônica para repassar informações sobre as operações policiais na área. A esposa dele também está envolvida.

De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de usurpação de patrimônio da união, extração irregular de minério e dano ambiental.

Início da investigação

De acordo com a PF, as investigações que resultaram na operação começaram em outubro de 2020, a partir da prisão em flagrante de duas pessoas na cidade de Ji-Paraná (RO). Eles foram detidos enquanto tentavam transportar 60 gramas de ouro, sem qualquer documentação. O material era avaliado em R$ 18.600.

Um dos presos era de Curitiba e, de acordo com a PF, ele foi assassinado na frente de uma revenda de carros após ter sido solto em audiência de custódia. O crime foi em 14 de outubro de 2020. O homem era empresário e tinha 40 anos.

Na época, por meio de aparelhos telefônicos apreendidos com os presos, a polícia identificou a existência de uma rede de exploração ilegal de garimpo na região de Japurá (AM).

Garimpo ilegal e militar envolvido

No inquérito que investigou o caso, a polícia confirmou a exploração ilegal de garimpo, liderada por um homem identificado como "gringo", que utilizava a esposa para facilitar transações ilegais com outro suspeito, comprador do ouro.

Ao mesmo tempo, a investigação identificou a participação de militares de alta patente que recebiam valores regulares do comprador de ouro, por meio de uma empresa de importação e exportação de minérios.

    "Um militar supostamente repassa informações privilegiadas e interfere nas operações de combate aos garimpos ilegais. Sua esposa recebe valores em nome dos alvos já citados", disse a PF.

Fonte: G1

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