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Mais de 300 alunos estudam em galpão improvisado, enquanto reforma de escola se arrasta por mais de 02 anos em Feira

Quarta (01)

01/03/2023 12h00 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Luiz Santos
Luiz Santos

Alunos e professores da Escola Municipal Eurides Franco Lacerda localizada no bairro Conceição em Feira de Santana, procuraram o Conectado News na manhã desta quarta (01) para denunciar as más condições  que estão expostos os alunos e profissionais da educação. Segundo a professora  e diretora da escola, Gleiciane Assis, o local é muito abafado e a acústica é muito ruim, situação que vem se estendendo por mais de 02 anos, uma vez que foram transferidos para o local provisoriamente em 2020, pois a previsão de término da reforma era de 06 meses.

Foto: Luiz Santos

"Já estamos aqui há três anos, desocupamos o prédio em 2020, ano da pandemia da Covid-19, provavelmente houve algum problema, mas, quem tem que responder é a Secretaria de Educação, a obra foi interrompida, acredito que houve uma desistência da antiga empresa. A secretária Anaci Paim  viu a possibilidade da reforma com uma outra empresa, o contrato foi assinado e a previsão de entrega é para novembro desse ano"

Foto: Luiz Santos

CN - Houve uma explicação por parte da Secretaria sobre a demora?

Gleiciane Assis - A previsão de entrega era de 06 meses, mas houve uma desistência da empresa, o motivo dessa desistência não sabemos. 

CN - Quantos alunos possui na unidade escolar?

Gleiciane Assis - Estamos em processo de matrícula, a quantidade é crescente, em 2022, matriculamos 310 alunos, sendo essa previsão para 2023.

CN - Como fazer para manter mais de 300 alunos interessados em estudar num ambiente improvisado, com  o   calor insuportável?

Gleiciane Assis - Existe uma equipe trabalhando, o espaço foi adaptado de acordo com o que tínhamos antes, quando solicitamos a reforma e ampliação da escola. Hoje conseguimos matricular 320 alunos nessa estrutura, lá tínhamos 10 salas. 

CN - Quantos alunos por sala?

Gleiciane Assis - Aqui colocamos 25 nas salas maiores, na escola normal, as salas são de 25 a 30 alunos , mas nesse espaço, reduzimos o número de alunos por sala.

CN - A comunidade tem expectativa de retorno a unidade escolar ainda esse ano?

Gleiciane Assis - Com certeza, esse compromisso foi firmado com a comunidade, acompanhamos as obras semanalmente, temos conversado com a engenheira e a ordem dada pela secretária de Educação é acelerar a obra, por conta da situação, de calor, a acústica nunca será como uma escola, estamos aqui por um período aguardando a nossa reforma, assim que o prédio for liberado, vamos mudar, não interromperemos as aulas, nos prepararemos para fazer a mudança ainda esse ano. 

CN - Quem escolheu o galpão onde funciona a escola atualmente?

Gleiciane Assis - A época o secretário de Educação Marcelo Neves deixou a critério da comunidade, o espaço que encontrássemos, alugaria. Achamos uma casa que não deu certo, foi quando encontramos esse espaço e a possibilidade de dividir e colocar as divisórias nos agradava, porém, não contávamos que o espaço tivesse uma temperatura alta e a questão da acústica que atrapalha muito. Já passamos para a Secretaria toda essa situação, mas, só sairemos do prédio para retornar a nossa escola, por isso a solicitação da comunidade para que acelere a obra, mesmo porque o bairro não dispõe de um local que possa abrigar nossa equipe, são mais de 300 alunos e mais de 30 funcionários. 

Realizamos o contato com a secretária de Educação, Anaci Paim que afirmou que a empresa contratada incialmente não tinha condições de continuar com a obra, mas que a nova empresa contratada está trabalhando e que as obras estão dentro do cronograma.

"A empresa que iniciou os trabalhos não teve condição de continuar, foi feita a rescisão do contrato e uma nova licitação em 2022, a obra foi autorizada e iniciada, está em plena execução, com o cumprimento regular do contrato, deve terminar no segundo semestre de 2023, podendo a comunidade escolar sair do galpão para a sede própria. A obra duplicará o tamanho da unidade escolar, a dimensão interna é muito bem distribuída voltada para todos os ambientes que possibilitem a ação pedagógica ser realizada, além das salas de aula tem salas de recurso, cozinha, refeitório, ambiente administrativo com sala para o professor, secretaria, sala de direção, espaços para a guarda de materiais, alimentação escolar, material de limpeza, material pedagógico, é um ambiente que ficará muito bem estruturado e possibilitará que a escola seja melhor atendida. Enquanto isso, a escola funciona em um prédio alugado, as famílias sabem e estavam presentes no dia da assinatura da ordem de serviço da obra, tem conhecimento que é temporária a permanência nesse espaço até a conclusão da obra", disse.

 

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão

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Falta de vergonha Há 2 anos Feira de Santana BAOlhem que aí é o bairro do todo poderoso ""vereador "" Lulinha, ele tem tanta moral com Ze Ronaldo e COLBERT e não resolve essa situação!!!!, Na hora de pedir voto todo político é um santo.
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