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Justiça Brasil

STF decide que Bolsonaro será investigado sobre atos terroristas no DF

Alexandre de Moraes

13/01/2023 21h33 Atualizada há 3 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta sexta-feira (13) acolher o pedido da Procuradoria-Geral da República e incluiu o presidente Jair Bolsonaro nas investigações dos atos terroristas em Brasília.

O pedido para incluir Bolsonaro na investigação foi feito mais cedo ao STF pela PGR. O inquérito mira "autores intelectuais" e instigadores dos atos do último domingo (8), quando vândalos bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes da República, em Brasília.

Moraes entendeu que um pronunciamento de Bolsonaro, postado e depois apagado das redes sociais no dia 10, foi mais uma das situações em que o ex-presidente se posicionou, "em tese", de forma criminosa contra as instituições.

"O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi é fraudado", escreveu o ministro.

Moraes também afirmou que, oportunamente, será analisado o pedido de interrogatório de Bolsonaro, já que, no momento, ele está fora do país.

Diligências

Moraes também determinou algumas medidas dentro do inquérito:

realizar oitiva com especialistas em comunicação política de movimentos extremistas, "para aferir os potenciais efeitos de postagens extremistas nas redes sociais. que seja requisitado o vídeo postado e apagado no perfil de Bolsonaro;

que seja ouvido um especialista em comunicação política de movimentos extremistas para “aferir os potenciais efeitos de postagens em grupos de apoiadores”;

que sejam ouvidos especialistas em monitoramento de grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais e nas plataformas Whatsapp e Telegram, a fim de colher evidências do eventual impacto do vídeo, se neles circulou, sobre a organização de atos com motivação antidemocrática e sobre discursos que demandam rupturas institucionais.

 

Fonte G1

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