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Justiça STF

Moraes suspende trechos da lei que flexibiliza punição a agentes públicos

Associação de membros do MP questionou mudanças feitas em 2021

27/12/2022 21h52
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Reprodução\Internet
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu nesta terça-feira (27) novos trechos de alterações feitas pela nova Lei de Improbidade Administrativa.

A decisão atende a pedido da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, que questionou flexibilizações feitas no ano passado na responsabilização de agentes públicos por abusos cometidos na administração pública.

Moraes suspendeu:

    a regra que extinguia "automaticamente" a ação de improbidade se os réus fossem absolvidos na área criminal pelos mesmos fatos;

    a regra que impedia a punição, por improbidade, de partidos políticos e fundações partidárias acusadas de desvio de recursos;

    a previsão de que a "perda de função pública", em um ação de improbidade, só se aplica ao cargo que o réu ocupava ao cometer a ilegalidade.

Segundo o ministro, a Constituição permite a sanção específica de atos de improbidade "pela necessidade de se punir mais severamente a ilegalidade qualificada".

"[...] Ou seja, a Constituição comandou ao Congresso Nacional a edição de lei que não punisse a mera ilegalidade, mas sim a conduta ilegal ou imoral do agente público voltada para a corrupção, e de todo aquele que o auxilie, no intuito de prevenir a corrosão da máquina burocrática do Estado e evitar o perigo de uma administração corrupta caracterizada pelo descrédito e pela ineficiência".

Fonte: G1

 

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