O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) decretou, na tarde desta terça-feira (6), a prisão preventiva do suspeito de dirigir o carro que atropelou torcedores durante a briga entre as torcidas organizadas de Bahia e Vitória, antes do jogo do Rubro-Negro contra o ABC (RN), em Salvador. Ele está foragid
Ainda nesta terça, o TJ-BA concedeu liberdade provisória, com monitoramento eletrônico para outros dois investigados. Filipe Santos Borges e Wallace de Lima Santana foram presos por tentativa de homicídio após a briga entre as torcidas organizadas. Eles são suspeitos de chutar e apedrejar as vítimas que estavam caídas no chão.
A briga entre as torcidas ocorreu na Avenida Nestor Duarte, próximo ao Largo da Argeral, no bairro de São Caetano, horas antes do jogo válido pela Série C do Campeonato Brasileiro. Moradores afirmam que os grupos rivais marcaram o embate. Três pessoas ficaram feridas.
A decisão desta terça foi divulgada após audiência de custódia realizada pela manhã. Segundo Eduardo Barreto Chaves, advogado de defesa de Filipe Santos, o cliente não tem passagem pela polícia e alegou que corria no momento da confusão, quando foi detido pela polícia.
O caso é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O confronto ocorreu após membros da Torcida Organizada Bamor, do Bahia, interceptarem membros da Torcida Uniformizada os Imbatíveis, do Vitória, que seguiam para o Estádio Manoel Barradas – o Barradão.
Ao todo, 54 pessoas foram levadas para a delegacia. Uma outra pessoa é procurada pela polícia, por ter atropelado envolvidos na confusão. Os feridos são:
Marcelino Ferreira Barreto Neto, que é atleta profissional de futebol 7, e "puxador" da Bamor: a pessoa responsável por levantar os cânticos nos estádios. Ele tem estado de saúde mais grave;
Alexandre Cerqueira Franco, que também foi hospitalizado e já teve alta médica;
Lucas Queiroz da Silva, que passou por cirurgia e segue internado no HGE.
Em imagens gravadas por pessoas que estavam no local, e divulgadas nas redes sociais, um homem contou que tratou-se de uma briga entre torcidas organizadas. Nas imagens foi possível ver muitas pessoas com camisetas e materiais da Torcida Uniformizada os Imbatíveis (TUI), do Vitória.
Um deles ameaçou agredir os rivais e exibiu um soqueira inglesa – um tipo de arma branca feita de metal, que encaixa nos dedos para potencializar os ferimentos durante o soco. Em outro vídeo, um carro em alta velocidade avançou na direção do grupo.
Torcedor indiciado
Um dos torcedores do Bahia, atropelado durante uma briga com a organizada do Vitória, no domingo, é um dos indiciados por envolvimento no ataque ao ônibus do próprio tricolor. O crime foi praticado no mês de fevereiro deste ano, e deixou ao menos dois jogadores feridos.
Marcelino Ferreira Barreto Neto, que está internado em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE), foi indiciado por lesão corporal leve após o atentado ao coletivo do clube. Ele é membro da Torcida Organizada Bamor (TOB), do Bahia. Conhecido como Neto, ele é puxador: a pessoa responsável por levantar os cânticos nos estádios.
No ataque, o ônibus do Bahia foi emboscado por carros e atingido por artefatos explosivos quando chegava à Arena Fonte Nova, antes da partida contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste.
O jogador que teve ferimentos com maior gravidade foi o goleiro Danilo Fernandes, atingido no rosto, próximo ao olho, e também na perna. Ele recebeu 20 pontos nos múltiplos ferimentos. O lateral-esquerdo Matheus Bahia também ficou ferido.
Ninguém foi preso pelo crime. Além de Marcelino Neto, também foram indiciados pelo ataque ao ônibus:
Hugo Oliveira da Silva Santos;
Marcelo Reis dos Santos Júnior;
Jarderson Santa Bispo.
Fonte G1
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