O Projeto de Lei nº. 7180/2014, conhecido como Escola Sem Partido, tem como objetivo combater a doutrinação na sala de aula. Na última sexta-feira (19) uma professora de filosofia de uma escola estadual em Salvador-Ba, recebeu uma intimação policial após abordar temas como racismo, machismo e questões de gênero e incomodar uma aluna que prestou queixa na delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente alegando que o conteúdo abordado seria ‘esquerdista’.
Uma situação semelhante aconteceu em Feira de Santana, no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. Conforme o professor Edvan Pedreira de Oliveira, diretor do colégio, “uma aluna do curso profissionalizante do turno noturno entrou com uma reclamação na Ouvidoria do Estado fez para impor a vontade dela, dizendo que os professores tinham comentários esquerdistas, pois ela defende uma escola sem partido”, disse.
A Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB) considera que as denúncias ferem liberdade pedagógica. “Reunimos todos os professores e relatamos toda essa situação. O professor não está errado por ter a livre docência, ele pode sim falar, ele não pode ser tolido de sua fala e docência. Professor não vai se dobrar diante de uma situação como essa”, completou o diretor.
A aluna desistiu do curso profissionalizante, e a situação já foi solucionada. “Ela é uma aluna de ensino superior, e não aceitava esse tipo de fala, visto que ela tem disciplinas que precisam tocar nesse assunto. Procuramos saber o que realmente aconteceu e não foi com a aluna falou”, conclui professor Edvan.
Reportagem Luiz Santos Engledy Braga
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