Um grupo de estudantes do Colégio Estadual Thales de Azevedo, no bairro do Costa Azul, em Salvador Bahia fizeram um protesto nesta sexta-feira (19) depois que uma professora de filosofia foi intimada a prestar depoimento na delegacia sob acusação de “doutrinação feminista e conteúdo de cunho esquerdista”.
O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), na terça-feira (16). No boletim de ocorrência, a mãe da estudante relatou que a filha teria sofrido constrangimento na escola.
Segundo a polícia, de acordo com o relato, em decorrência de sua opinião política, a adolescente teria sido hostilizada por colegas e impedida de participar de atividades em grupo, sob consentimento da professora.
Giltânia Aquino lecionava sobre Iluminismo e passou mal quando recebeu a intimação. Ela deu entrada no Hospital da Bahia, na capital baiana, foi medicada e já recebeu alta médica.
Os manifestantes disseram que uma das colegas não queria que o tema fosse discutido em sala de aula. A professora, então, pediu que a garota se retirasse da sala.
A estudante saiu da escola e, junto com a mãe, registrou o caso na Delegacia Especializada de Repressão a Crime contra Criança e Adolescente (Derrca), que intimou a professora a prestar esclarecimentos.
“A professora estava conversando numa aula sobre iluminismo e a aluna não gostou. Acabou processando a professora por pura ideologia política. Não queria que a professora falasse sobre esse tema. Mas a professora pediu que ela se retirasse da sala para não gerar outras confusões. Aí ela se estressou e acabou acontecendo toda essa polêmica”, disse uma das alunas.
Os estudantes informaram que a professora nunca impôs ideologias ou induziu alunos a concordarem com os posicionamentos políticos dela. E declararam que apoiam a maneira com que ela conduz o trabalho e fizeram o ato para que ela se sinta acolhida pela classe estudantil.
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“Estamos com a professora. Sou aluna dela desde 2018 e ela não tem esse comportamento. Nunca impôs nada para a gente, nunca tentou fazer com que a sua ideologia fosse a mesma da nossa. Sempre deixou a gente muito aberto e com liberdade de expressão. A gente está aqui para que ela se sinta amada e a gente não apoia o que essa aluna e a mãe dela fizeram”, comentou a garota.
Os alunos também informaram que outros estudantes passaram a ameaçar a aluna que registrou ocorrência policial contra a professora e acrescentaram que ela havia sido transferida de turma outras vezes pela dificuldade de relacionamento.
“A gente não concorda [com as ameaças]. Eu não sabia que ela estava sofrendo isso. Sei que ela tem problemas com outros alunos, é a quarta vez que ela se muda de uma sala para outra por ter sempre esses percalços".
Em nota, a Secretaria de Educação informou que ao tomar conhecimento da intimação da professora, o secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, acompanhado pela assessoria jurídica da SEC, se reuniu com a servidora, o corpo docente e os gestores escolares na unidade escolar, na manhã desta sexta-feira (19).
Segundo a SEC, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) foi acionada e informou que prestará toda a assistência jurídica à professora, além de acompanhar a oitiva. Também foi disponibilizada a equipe de psicólogos da secretaria para assistência à professora e à comunidade escolar.
Ainda em nota, a SEC destacou que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) assegura o respeito à liberdade e o apreço à tolerância, além de garantir o livre exercício da docência. A secretaria também reafirmou que os conteúdos ministrados pela professora em sala de aula estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Referencial Curricular do Estado e são acompanhados pela Coordenação Pedagógica da escola.
Fonte G1
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