Conversamos com o secretário de transporte, de Feira de Santana, Saulo Figueiredo, a respeito do decreto para o uso de capacete nos serviços de mototaxistas. Perguntado sobre as providências que a Secretaria está adotando nesse momento para a categoria dos mototaxistas, ele explicou:
“Esse decreto é por recomendação das autoridades de saúde, porque a parte interna dos capacetes não tem como ser higienizadas. O transporte pode ser feito sim, desde que o carona do mototáxi tenha o capacete para as outras pessoas; é questão de saúde, não é nem uma questão que a Secretaria imponha ou deixe de impor, a gente vive ainda um momento de pandemia. Em outras cidades foi proibido, taxativamente, o serviço de mototáxi. Então, aqui nós colocamos essa restrição por conta do uso do capacete. Se o cidadão levar seu próprio capacete, pode utilizar o serviço.”
O Secretário informou sobre a fiscalização, visto que, mesmo com o decreto, muitos mototaxistas estão trabalhando normalmente: “temos orientado à população, de um modo geral; o vírus é uma realidade em todo o mundo, fizemos trabalhos de conscientização nos primeiros meses, colocamos toda a fiscalização na rua, juntamente com outras Secretarias, para orientar e, em alguns casos, até para notificar. Continuamos fazendo a nossa parte, mas o cidadão tem que ter a consciência do momento que estamos vivendo, que é um momento de exceção, a pandemia ainda não acabou.”
Também entrevistamos a Presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Feira de Santana, Hulda Barros, ela nos respondeu sobre a situação atual desses profissionais: “recebemos a nossa autorização para trabalhar. Eu já botei dois ofícios lá na Secretaria e eles me responderam, dizendo que estão precisando só do parecer da Secretaria de Saúde. Eles alegam que a questão do capacete, mas já foi comunicado para eles que o capacete do passageiro é aberto e a gente faz a limpeza do capacete antes do uso e a assepsia após o recebimento. Mesmo assim, eles estão esperando que a Secretaria de Saúde dê um parecer.”
E sobre o problema que está travando essa decisão, “segundo eles é o capacete do passageiro, porque o capacete, por ser compartilhado, eles acham que é um meio de contaminação. Só que o nosso é exatamente esse, de o capacete ser aberto; todos os capacetes dos passageiros são abertos. Nós já praticávamos isso desde sempre, porque o capacete fechado não é adequado, por conta da higiene dele mesmo. A questão desse entrave de capacete tem impedido a gente de trabalhar, de exercer a nossa função, que é a de mototaxista e sustentar a família”, disse a Presidente.
Indagada que, mesmo assim, a categoria tem trabalhado, a Presidente respondeu: “sim, nós temos trabalhado, mas nós precisamos desse alvará, dessa autorização, porque nós temos trabalhado com temor. Precisamos dessa autorização para exercer o nosso direito de rodar nos pontos, que dá uma certa credibilidade e confiança para o mototaxista.”
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Foto:Secom PMFS
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