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Feira de Santana Reclamação

"A prefeitura de Feira não quer acarajé na praça",afirma Célia Santos

“O meu sustento vem disso. Eu tenho meus clientes certos.", diz Célia

23/09/2021 18h57 Atualizada há 3 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Arquivo pessoal
Foto Arquivo pessoal

 

O projeto Novo Centro, criado pelo prefeito de Feira de Santana Colbert Martins (MDB),  que objetiva favorecer a acessibilidade para pessoas que transitam pelo centro da cidade, ameaça a cultura local.  Muitos ambulantes feirenses já perderam suas barracas e seu ponto de trabalho.  E agora, uma tradicional baiana de acarajé que trabalha na Praça Bernardino Bahia há 18 anos enfrenta essa triste realidade. 

“O meu sustento vem disso. Eu tenho meus clientes certos. Não tenho barraca fixa, eu chego às 15h e  desmonto minha barraca às 18h30. Não tem motivo! O ‘Rapa’ foi me tirar, não retirou porque o pessoal não deixou. Eu quero entender o motivo. A prefeitura mandou eu procurar um ponto na Avenida Getúlio Vargas ou no Nordestino”, relatou Célia Santos  mais conhecida por Célia do Acarajé. 

De acordo com o Secretário Municipal de Planejamento (SEPLAN), de Feira de Santana, Carlos Brito, responsável pelas obras do Novo Centro, “qualquer comércio informal que esteja bloqueando a passagem das pessoas nos passeios, terão que ser recolocadas”, afirma.

Brito afirma, que não seria justo retirar alguns ambulantes e outros não, “o que vamos buscar é fazer uma relocação e adequação. Não existe, ela não tem 18 anos de comércio ali, eu passo por ali todo sábado. Naquele espaço ela não pode ficar. O lugar adequado é no Centro Comercial Popular, não tem outro local”, acrescentou. 

Célia, tem buscado ajuda das Secretárias Municipais de Feira de Santana e da Associação Nacional de Baianas de Acarajé, Mingaus, Receptivos e Similares (ABAM), da qual faz parte, que relatou a desvalorização das baianas de acarajé por parte do poder público de Feira de Santana. 

“Até o momento em Feira de Santana não tem nenhuma lei que  regulamenta a atividade das baianas de acarajé na cidade. Nós esperamos que o secretário de Cultura, seja sensível e entenda. Eu acredito que eles devam repensar e até mesmo construir um quiosque para que ela permaneça na praça”, disse Rita Santos, presidente da ABAM.  

Célia diz. "Não houve um mapeamento do local. Simplesmente mandaram eu sair, porque a prefeitura não quer acarajé na praça". diz. 

Rita acrescenta. “Isso é um crime. Vai ficar uma praça entregue a quem? As pessoas precisando trabalhar, sustentar suas famílias.O Município que não reconhece um patrimônio  imaterial da cultura brasileira. Baiana que não representa só a Bahia, mas o Brasil. Porque tirar a baiana deste local ?” Indagou.

 

Reportagem Reginaldo Lima e Engledy Braga

 

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Célia santos da SilvaHá 3 anos Feira de SantanaIncrível né um secretário da uma intrevista dizendo que nunca me viu eu trabalho ali desde 2003 se ele tivesse feito um mapeamento ele saberia que vendo alimeu acarajé dali tiro meu sustento será que ele quer nunca me viu ou eu nunca vi ele se ele ir de loja ele perguntar de menor ao maior todos falaria
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