Márcio Campos Oliveira, pesquisador e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), recebeu da Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral (Sobep) a medalha de destaque nacional em Patologia Oral e Maxilofacial por sua contribuição científica no ano de 2020. A homenagem foi transmitida pelo YouTube, no dia 30 de julho, durante a cerimônia de encerramento do 46° congresso da Sobep, realizado virtualmente em função das restrições sanitárias à Covid-19. Em 2021, "Promoção de saúde interligando as boas práticas tradicionais com os avanços da era digital e telessaúde” foi tema central do evento, que ocorre anualmente e reúne pesquisadores de toda a América Latina. Além de Oliveira, foi destaque pela Sobep também a pesquisadora em Estomatologia Janete Dias Almeida, da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp).
Numa jornada de mais de 20 anos, Márcio Oliveira é graduado em Odontologia e especialista em Odontologia na Saúde Coletiva pela Uefs; mestre e doutor em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
“É um reconhecimento importantíssimo para um pesquisador de uma universidade do interior da Bahia e do Nordeste, em relação aos pesquisadores de grandes centros urbanos do Sudeste, que tradicionalmente são homenageados no Brasil”, avalia Oliveira, que atua no Núcleo de Câncer Oral (Nucao) e é professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Uefs. Oliveira relata que a medalha era concedida pelo Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo (Soesp) até 2018, quando a Sobep passou a homenagear os pesquisadores. “Observa-se a trajetória científica e social do profissional, o empenho nas conferências e discussões de casos ao longo de um tempo para, então, naquele ano específico de homenagem, haver o reconhecimento pela comunidade científica através da Sobep”, explica.
Destacando a importância de se atentar aos “fatores de determinação social dos processos de saúde e doença”, o pesquisador da Saúde Coletiva alerta sobre a necessidade de estudos e intervenções científicas e institucionais que levem em consideração as condições de vida das pessoas e suas relações aos problemas de saúde bucal. “Cerca de 95% das pessoas que portam câncer bucal são de baixa renda e de baixo nível de educação formal. Isso interfere na gênese dessas doenças. Por isso, o investimento em pesquisas a partir dessa precariedade é fundamental”, defende Oliveira, que além de atuar no Nucao é pesquisador e orientador acadêmico pelo Laboratório de Patologia Bucal (Labpat) da Uefs, nas áreas de Epidemiologia das doenças bucais, câncer oral e desordens orais potencialmente malignas.
Apesar de se mostrar preocupado com o cenário crítico ao desenvolvimento científico e tecnológico e para a formação de pesquisadores no país, o pesquisador da Uefs reforça a necessidade de se continuar lutando por dias melhores. “Ser pesquisador no Brasil é, antes de tudo, um ato de resistência. Não podemos deixar isso morrer. É a partir da ciência que formamos recursos humanos de qualidade, proporcionamos qualidade de vida às pessoas e conquistas à sociedade”, completa Oliveira.
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