O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) recebeu a denúncia do Ministério Público (MP-BA) contra delegada Maria Selma Pereira Lima, por envolvimento com quadrilha de roubos e clonagem de veículos. Ela é investigada pela Operação Dublê.
A delegada está afastada judicialmente do cargo pelo prazo de um ano. Outras três pessoas, também investigadas pela mesma operação, foram denunciadas por ao menos dez crimes.
De acordo com o MP-BA, a delegada utilizava a influência que tinha, por causa do cargo, para garantir a impunidade dos membros da quadrilha e facilitar a execução dos crimes. O G1 entrou em contato com Maria Selma e aguarda um posicionamento.
Maria Selma Pereira Lima: Falsificação de documento público; falsidade ideológica; uso de documento falso; denunciação caluniosa e fraude processual.
Pedro Ivan Matos Damasceno: Furto qualificado; falsificação de documento público; falsidade ideológica; uso de documento falso; adulteração de sinal identificador de veículo automotor; corrupção ativa; denunciação caluniosa e posse ilegal de arma de fogo.
Carlos Antônio Franco Assis: Furto qualificado e denunciação caluniosa.
Cláudio Marco Veloso Silva: Usurpação de função pública.
Na denúncia, o MP-BA informou que a delegada forjou documentos e colocou uma pessoa ligada ao grupo criminoso acompanhando agentes nas operações, como se também fosse policial, inclusive portando armas de fogo. A suspeita é de que essa pessoa seja o Pedro Ivan, que responderá por posse ilegal.
Os réus têm até o dia 13 de agosto para informarem dados como endereço, número de contato e e-mail.
Operação Dublê
A Operação Dublê foi iniciada no dia 7 de julho e um homem, apontado como chefe do grupo criminoso, foi preso na ocasião.
A delegada já havia sido afastada por 90 dias pela corregedoria da Polícia Civil depois da instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que prorrogou a punição por mais 90 dias. Já o afastamento judicial de um ano foi decorrente da operação.
Maria Selma é ex-diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). Em 2020 o Ministério Público iniciou apurações de denúncias contra ela. Maria Selma foi investigada como suspeita de chefiar uma organização que cometia crimes contra o patrimônio e tráfico de drogas na Bahia.
Além do afastamento, a 1ª Vara Especializada em Crimes Contra a Administração Pública da comarca de Salvador definiu que a delegada seja proibida de acessar as dependências e aos sistemas da Polícia Civil, de se comunicar com outros agentes de segurança e utilize os serviços da Secretaria de Segurança Pública.
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