Suspeito de matar o médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, identificado como Geraldo Freitas Junior, também médico e amigo da vítima, diz que só irá se manifestar em juízo, segundo informações do coordenador da Polícia Civil,delegado Roberto Leal. “O suspeito foi interrogado, mas preferiu manter-se em silêncio. Só irá se manifestar em juízo. É um direito dele. As investigações, agora, estão em torno principalmente do fato que ocorreu, relacionado ao encontro do corpo. Estamos levantando informações nas proximidades desse local, principalmente na colheita de testemunhas. Nenhuma linha de investigação será descartada”, conta em entrevista ao Conectado News.
O delegado informou que a polícia começou a suspeitar de Geraldo Freitas, após contradições no seu depoimento. “Desde o dia que ele noticiou o fato, porque foi ele que tinha marcado o encontro com médico, as informações dele estavam completamente contraditórias. Foi possível chegar a provas testemunhais de que esse médico estava inclusive na posse do carro do médico desaparecido no dia 24, após período de desaparecimento. Quando o corpo foi encontrado, amarrado a âncora, fechou a informação, porque ele tinha comprado uma âncora para barco, quando na verdade ele não tem barco e estava com a moto aquática emprestada”, informa.
O delegado completa. “Foi premeditado. O acusado mesmo relatou, de que o médico havia marcado um almoço com uma amiga e ele conseguiu fazer com que o amigo, desmarcasse o encontro para um passeio com a moto aquática com ele. Então ele foi para um lugar afastado para que não houvesse testemunha, comprou a âncora. Premeditou tudo”, declara.
Segundo testemunhas, Dr. Andrade estudou medicina com o suspeito, em uma faculdade na Bolívia. Após concluir o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia, para trabalhar. A polícia segue nas investigações para confirmar se o então preso não exercia ilegalmente o exercício da medicina. “Já estamos solicitando estas informações junto ao conselho de medicina. Informalmente, a informação que temos, é que ele é médico que se habilitou na Bolívia. Estava exercendo a profissão, através do programa Mais Médicos, disse o delegado Roberto Leal.
A arma do crime ainda não foi encontrada. O suspeito já foi encaminhado para o Presídio Regional de Feira de Santana. O acusado está preso temporariamente e as investigações continuam e seguem no aguardo da perícia.
Ouça a entrevista com o coordenador da Polícia Civil delegado Roberto Leal
Reportagem Luiz Santos
Produção podcast Ana Meire Dias
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