Feira Sound System terá participação da primeira mulher trans

Será realizado nos dias 05 e 06 de março a 4ª edição do Feira Sound System. Por causa da pandemia, essa edição do evento acontecerá de maneira virtual, através do YouTube. 

Com muitas atrações musicais, DJs seletores, do reggae ao Rap, o evento começará na sexta e no sábado a partir das 19h. 

A repórter Karol Freitas conversou com algumas das atrações do evento, o rapper Lázaro Souza, mais conhecido como A Lenda, e Bruna Vicci, primeira mulher trans a participar do Feira Sound System. 

Lázaro começou sua carreira musical na sua cidade natal, em Anguera. Segundo ele, o rap entrou na sua vida mediante as ações que ele mesmo articulava dentro da cultura Hip-Hop. 

“Essas ações de caráter comunitário que envolvia cinema, teatro de rua, o rap estava presente, assim como outros elementos da cultura Hip-Hop, como grafite, por exemplo. foi nessas possibilidades que eu tive a oportunidade de fazer contato com o rap, exercitar o freestyle por exemplo e a partir daí entrar nessa estrada que agora eu estou cada vez mais qualificando, consolidando e buscando melhorar”, ressaltou ele. 

Lázaro destacou ainda a importância de participar desse evento pela primeira vez, segundo ele, essa participação amplia a possibilidade das pessoas visualizarem o rap em outras esferas da música baiana.

Já Bruna Vicci, disse que ficou surpresa e feliz com o convite para participar do Feira Sound System. 

“Para mim foi algo maravilhoso, aprendi muitas coisas e é a primeira vez que eu mostro o novo eu para o público. Eu acho, sim, que minha voz pode levar a representatividade e mostrar pra comunidade que esses espaços podem ser ocupados por nós da sigla T, e também sãs outras siglas, quero levar essa mensagem para as pessoas”, disse Bruna. 

O próximo EP de Bruna é inspirado em grandes artistas como Bob Marley e Ivete Sangalo, que segunda Bruna, sempre escutou. 

“Esse meu primeiro EP vai trazer essas experiências que eu fiz com vários estilos. Eu pretendo, visualmente, trazer esse universo nordestino e quente como um discurso sobre amor, desafios e o que uma identidade comum pode trazer nesse sertão”, concluiu Bruna Vicci.

Reportagem Karol Freitas e Danilo Abravanel