O advogado do deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD), Gamil Föppel, pediu nesta quarta-feira (8), durante sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que o decreto de prisão determinado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra seu cliente seja suspenso.
"Neste momento, essa CCJ vai exercer uma das funções que lhe são anômalas, que é a função de julgar. E eu tenho certeza, considerando a tradição de acertos desta Casa, que outra alternativa não restará, se não determinar a suspensão deste teratológico e anormal decreto de prisão", afirmou o advogado em sua fala durante a sessão.
Binho Galinha está preso desde sexta-feira (3), quando se entregou ao MP-BA em Feira de Santana, após ter passado mais de 24 horas como foragido por não ter sido encontrado pelos agentes policiais que conduziam a operação Estado Anômico, que possuía entre diversos mandados, o de encarceramento do parlamentar.
O deputado é acusado de liderar uma organização criminosa e é investigado por crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.
Föppel definiu o decreto que levou à prisão de Binho Galinha como um "estupro hermenêutico" e solicitou aos membros da Comissão que apresentem seus pareceres sobre o caso "o quanto antes". "O tempo é diferente para quem está preso. A noção de tempo para quem está na cadeia é completamente diferente para aqueles que estão do lado de fora", afirmou o advogado.
A sessão extraordinária desta quarta, que conta com a presença de Föppel, reúne a CCJ da ALBA para debater justamente a decisão judicial que envolve a prisão de Binho Galinha.
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