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Política propina no Inema

Ex-secretária de deputados governistas é acusada de comandar esquema de propina no Inema

O MP aponta que a prática envolvia o pagamento de “speed money” para agilizar processos, o que causou danos ambientais e violou a moralidade administrativa.

12/08/2025 09h30
Por: Mayara Naylanne
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou oito pessoas por envolvimento em um esquema de corrupção e crimes ambientais no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Entre os acusados está Maristela Tereza de Castro, ex-secretária parlamentar do deputado estadual Vitor Bonfim (PV), aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Ela atuou no gabinete entre 2018 e maio de 2024.

Maristela também trabalhou no gabinete do atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida (PSB), em 2017, e foi agente administrativa na Assembleia Legislativa entre 2008 e 2015.

Segundo a investigação, o esquema operou entre 2018 e 2024 para acelerar ilegalmente processos de licenciamento ambiental, beneficiando empreendedores rurais em troca de vantagens financeiras. Maristela, descrita como "lobista" pelo MP, captava interessados e manipulava servidores do Inema para facilitar e acelerar a liberação de licenças, muitas vezes com análises menos rigorosas.

O MP aponta que a prática envolvia o pagamento de "speed money" para agilizar processos, o que causou danos ambientais e violou a moralidade administrativa. Os crimes incluem corrupção ativa e passiva, associação criminosa, crime ambiental e inserção de dados falsos em sistemas.

As investigações, iniciadas em julho de 2023, indicam que os réus receberam pelo menos R$ 16,5 milhões de fazendeiros entre 2018 e 2024. O processo tramita na 1ª Vara Criminal Especializada de Salvador. Nem os deputados Vitor Bonfim e Angelo Almeida são citados na denúncia.

A assessoria de Vitor Bonfim confirmou que Maristela não integra mais seu gabinete e que o deputado não está investigado no caso.

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