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Adoções por casais homoafetivos crescem 242% em cinco anos no Brasil, aponta CNJ

Entre 2019 e 2024, aumentou o número de filhos adotados por casais gays; dados do CNJ mostram tendência de adoção de crianças mais velhas e grupos vulneráveis

09/08/2025 16h29
Por: Mayara Naylanne
Foto: Canva Imagens
Foto: Canva Imagens

No Brasil, 5.369 crianças e adolescentes aguardam adoção, segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde 2015, quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união homoafetiva como núcleo familiar e autorizou a adoção por esses casais, o número de filhos com dois pais cresce anualmente.

De 2019 a 2024, as adoções por casais formados por homens saltaram de 77 para 263, um aumento de 241,56%. Neste ano, até o final de julho, 178 casais gays adotaram crianças e adolescentes, 29% a mais que no mesmo período do ano passado.

Considerando também as adoções por casais de mulheres, a adoção por casais homoafetivos triplicou em cinco anos, passando de 149 em 2019 para 458 no ano passado.

A espera pela adoção persiste, mesmo com quase 33 mil pretendentes, devido à compatibilidade entre perfis das famílias e das crianças. Diferentemente dos casais heteronormativos, os casais gays tendem a adotar crianças mais velhas, negras e em grupos de irmãos, perfis que enfrentam mais dificuldades para serem acolhidos.

“Os casais que vivem à margem da sociedade, que foram marginalizados ‘dentro do armário’, procuram crianças que também estão nesse armário; são aquelas menos vistas”, explica Silvana do Monte Moreira, presidente da Comissão Nacional de Adoção do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).

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