Por Luiz Santos e Hely Beltrão
Foi publidado no Diário Oficial da União (DOU), pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), do dia 22 de maio, a autorização para que a empresa TIC Bahia Ltda., representada pelo engenheiro Danilo Ferreira, realize a implantação do trem Salvador -Feira de Santana. O total do investimento segundo o engenheiro, é de R$ 7 bilhões de reais.
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Em entrevistas anteriores ao Conectado News, o engenheiro afirmou que o trem reduziria o tempo de viagem entre os destinos, para 30 minutos e contemplaria mais de 4 milhões de usuários por mês. Ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News na manhã desta sexta (30), Danilo ressaltou a viabilidade econômica do projeto, trazendo desenvolvimento para toda a região.
"Tomamos a iniciativa junto com os grupos empresariais, nacionais e internacionais, são vários envolvidos nesse processo, que identificaram o potencial do trem Salvador - Feira de Santana uma grande viabilidade econômica, temos um projeto robusto completo, foi feito um estudo, são mais de 450 páginas de projeto, contendo impacto ambiental, análises de risco, tudo feito conforme a lei vigente no Brasil, foram mais de oito anos de trabalho, temos desenvolvido este produto ao longo desse tempo e que gerou a formação de um grupo empresarial, a TIC Bahia, que solicitaram um pedido de autorização ferroviária. Essa autorização é um pouco independente do processo público, é um pedido em que você tem a obrigação de construir e operar por 99 anos, a nossa empresa, está pedindo juntamente com os grupos que estão nos apoiando, com as NDA (Non-Disclosure Agreement - ou termo de confidencialidade) e por isso não podemos divulgar os nomes, que demonstram interesse de aportar recursos, colocando energia e explorar o serviço pelos próximos 99 anos, esse é o nosso objetivo, construir esse trem, encabeçando esse movimento, que é legítimo e trará uma mudança radical no perfil econômico da Bahia como um todo, tanto Feira de Santana quanto Salvador, temos ao longo do processo, vários empreendimentos empresariais, a exemplo da possibilidade de construção de um aeroporto em meio a ferrovia, podendo ser o primeiro conectado a uma ferrovia na América Latina, em Feira de Santana, pode-se realocar a rodoviária de um lugar, para que passe a ser uma rodoferroviária, num ponto estratégico da cidade, é algo que está sendo defendido no projeto, em Salvador, chegamos na Estação Águas Claras, que é a nova rodoviária de Salvador, sendo possível a conexão com vários municípios da região metropolitana de Salvador, de um lado, utilizando a a rede antiga da ferrovia, próximo a Santo Amaro, há a possibilidade de fazer um VLT, ou seja, um trem Metropolitano que também vai para a região do Recôncavo, podendo chegar até Cruz das Almas, não está no projeto, mas são possibilidades".
Custeio do projeto
"Todos os custos serão da iniciativa privada, esperamos um apoio do governo para facilitar o processo burocrático, tudo está sendo feito em sintonia com os governos estadual e federal, nada está sendo feito sem conversas anteriores, ou seja, antes de dar entrada em Brasília/DF, tivemos uma roda de conversa grande aqui na Bahia, onde participou o governador, o secretário da Casa Civil, Planejamento, SEDUR (Secretaria de Desenvolvimento Urbano), todos estão sabendo sobre esse movimento, apoiaram, bateram palmas, porque é um grande projeto, posso dizer que é o mais moderno de ferrovias feito no Brasil, para se ter uma ideia, o trem trafegará a 220 km/h com custo muito baixo, aproveitando a não interferência ao longo do traçado, o que só ocorrerá ao chegar em Salvador e Feira de Santana, é um caminho muito tranquilo, aberto, e que valorizará toda a região entre Salvador e Feira de Santana, dando uma nova dinâmica urbana, movimentação de fluxo de pessoas, de tudo, criando um novo pólo nacional de desenvolvimento".
Início
"Quando se entrega um projeto como esse na ANTT, no governo federal, deve-se entregar junto um cronograma, que se não for cumprido, perde a autorização, a partir do momento que assinarmos o contrato, serão 3 anos para conseguir a licença ambiental, esperamos conseguir antes, no máximo em 1 ano e meio a 2 anos, até porque já fizemos uma pré-análise ambiental com uma empresa de Brasília/DF, que presta serviço para outras empresas grandes, e de acordo com essa análise, não temos praticamente nenhuma interferência do ponto de vista ambiental, por isso, acredito que conseguiremos rápido, após isso, começaremos a construir em seis meses a 1 ano e meio depois, quando iremos em busca do financiamento, os grupos empresariais já tem suas estratégias para obtenção dos valores, como a taxa de retorno é rápida, aproximadamente 10 anos, em um projeto de 99, penso que é muito atrativo, tentaremos consolidar um resultado ímpar no Brasil, Salvador e Feira com esse projeto, darão um salto e serão exemplo para o país de transporte ferroviário e desenvolvimento regional, esse também é o nosso objetivo".
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