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Brasil Esquema de tráfico

PRF preso em Feira com cofre e dinheiro é apontado como integrante de esquema nacional de tráfico

Além do transporte, o grupo utilizava recursos ilícitos para lavagem de dinheiro, incluindo locadoras de veículos, mercados e transportadoras.

18/11/2024 16h56 Atualizada há 10 meses
Por: Mayara Naylanne

A Operação Puritas, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 7 de novembro, revelou um esquema de tráfico interestadual de drogas com a participação de policiais rodoviários federais (PRFs) e militares. Durante a ação, um cofre contendo R$ 580 mil e US$ 8,1 mil em espécie foi apreendido em Feira de Santana. O valor estava ligado ao PRF Diego Dias Duarte, conhecido como "Robocop", que foi preso em Natal (RN). Diego residia em Feira de Santana, onde também estava registrado para votar.

Diego é apontado como um dos principais facilitadores logísticos de uma organização criminosa liderada pelo traficante José Heliomar de Souza, conhecido como "Léo", vinculado ao Comando Vermelho (CV). A investigação revelou que a quadrilha utilizava a estrutura da PRF para transportar drogas e proteger as operações ilícitas.

Leia também: Saiba quem é o PRF preso e proprietário do dinheiro apreendido em Feira de Santana

Mais de 580 mil são encontrados na casa de PRF em Feira de Santana em operação da PF

Segundo a PF, Diego e o PRF Raphael Angelo Alves da Nóbrega cobravam até R$ 2 mil por quilo de cocaína transportado. Estima-se que o grupo tenha movimentado toneladas de drogas, com lucros que chegaram a R$ 1 milhão em uma única operação. Diego, que já atuou na fronteira com a Bolívia, em Rondônia, utilizava conhecimentos operacionais da PRF para burlar fiscalizações e direcionar flagrantes contra quadrilhas rivais.

Além do transporte, o grupo utilizava recursos ilícitos para lavagem de dinheiro, incluindo locadoras de veículos, mercados e transportadoras. A quadrilha tinha ramificações em Rondônia, Bahia, Ceará e Mato Grosso. Em Feira de Santana, além do cofre encontrado na casa de Diego, há indícios de uso de veículos alugados para facilitar o transporte de entorpecentes sem levantar suspeitas.

O esquema contava também com o apoio de policiais militares, que realizavam o papel de batedores e repassavam informações sobre operações policiais. Em 2023, um PM baiano foi flagrado transportando uma mala com quase R$ 690 mil, que, segundo ele, havia recebido do próprio Diego Duarte.

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