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Política Eleições 2024

"Quanto mais candidatos ou a existência de um segundo turno, melhor para a cidade", diz professor sobre pesquisa eleitoral

Pesquisa GEPE/Levante a Voz

05/10/2023 10h13 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Luiz Santos
Luiz Santos

O Conectado News e o Programa Levante a Voz divulgaram na quarta (4), a segunda pesquisa que mede a intenção de voto para a Prefeitura de Feira de Santana para as eleições de 2024. Ao Conectado News, o professor de História Roberto Carneiro afirmou que, quanto mais candidatos e a existência de um segundo turno, melhor. O professor chama atenção também para a importância do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) e o número de indecisos na disputa.

"Será novamente uma eleição polarizada pelas características dos candidatos, Zé Neto (PT), candidato do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e Zé Ronaldo (UB), candidato do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), Pablo Roberto se posiciona como o fiel da balança, nas pesquisas que estão sendo divulgadas e pesquisas internas, está abaixo de dois dígitos, ou seja, não alcançou ainda 10% caso alcance, terá condições e capacidade de levar à frente esse debate, ele como candidato a prefeito, ele é o fiel da balança, porque para quem ele pender em um eventual segundo turno, vai arrastar os votos conquistados por ele no primeiro turno, a lógica natural é ele apoiar Zé Ronaldo, se ele sair da campanha ou se desistir em algum momento".

O professor acredita na possibilidade de desistência de Pablo Roberto

"Em política não tem como afirmar nada, estou falando uma coisa hoje, amanhã a política muda, mas não duvido que ele possa ceder, creio que para o bom andamento do pleito em outubro, quanto maior o número de candidatos, melhor, defendo a candidatura dele, como a de Zé Neto, Zé Ronaldo e outras pessoas que possam debater Feira, o que entendo estar acontecendo nesse momento é que  todo mundo sabe quais as ideias de Zé Neto e Zé Ronaldo, é necessário aparecer um terceiro, quarto e quinto candidato. Na última eleição, a existência do segundo turno se deveu ao grande número de candidatos". 

Diminuição do número de candidatos

Daqui até julho de 2024 há uma possibilidade de termos quatro candidatos, que para o eleitorado do tamanho de Feira, é uma eleição que provavelmente se resolve no primeiro e não no segundo turno.

Segundo turno é bom para o município

"Não só pelo bem da cidade, sou defensor do segundo turno, porque no primeiro turno nas eleições para presidente e governador, os candidatos fogem, nem todo mundo participa dos debates das rádios e televisão, só entrevistas mornas, quando você há um segundo turno, não tem como fugir, na última eleição para governador, ACM Neto participou apenas dos debates do segundo turno e o próprio Zé Ronaldo em Feira tem a tradição de ir apenas em um debate, que normalmente é o da TV Subaé e como nunca foi para o segundo turno, só participava do último do primeiro turno. Sou um defensor da Democracia, o maior número de representantes da sociedade disputando a candidatura a prefeito e a existência do segundo turno".

Para Roberto, a eleição municipal seguirá os passos da eleição nacional do ano passado, terceira via não é real e disouta entre dois nomes.

"Se fizermos um histórico, a última eleição em que houve três candidatos com um certo padrão de disputa foi em  2008 com Tarcízio Pimenta, Sérgio Carneiro e Colbert Martins (MDB), disputando a prefeitura, de lá para cá, tivemos dois candidatos, Zé Neto e Zé Ronaldo e na última eleição Zé Neto e Colbert. Para se ter ideia como Feira de Santana é polarizada, antes do ano passado antes de 2020 na eleição para prefeito que teve segundo turno, antes dessa, só tivemos segundo turno com Josué Mello e José Falcão em 1996, não é legal um candidato despontar com 70% e ganhar a eleição no primeiro turno, porque no olhar do eleitor, infelizmente não tem outra palavra, é a preguiça, a preguiça de votar em que na frente, porque não quer votar no segundo turno, não quero me cansar, não quero perder meu voto".

Alto percentual de indecisos

"Vale salientar que em toda pesquisa temos um percentual de indecisos e que a decisão do eleitorado se faz em dois momentos muito distintos, os eleitorados com o nível de segurança sobre o que querem, decidem normalmente no início da campanha televisiva e rádio, quando os nomes são colocados oficialmente nas convenções, fica uma margem de indecisos que decidirão na noite do sábado para o horário da votação no domingo que ocorre a eleição. Outra coisa que fica claro nas pesquisas, uma que foi entregue recentemente por um site em Feira de Santana, onde o número de indecisos está na casa dos dois dígitos, muito alto e a sua pesquisa, coloca um número um pouco menor. O questionamento é: esse indeciso tende a apostar na pessoa que está concorrendo pela primeira vez ou naquela pessoa que nunca ganhou ou esses indecisos tendem a escolher o seguro, aquele que já governou e mostrou para a sociedade do que é capaz de fazer? Não há uma resposta".

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão

1 comentário
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Neila ReisHá 2 anos Feira BahiaInteressante a visão do professor sobre a eleição de Feira
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