Em entrevista ao Conectado News, concedida na manhã desta quarta (27) na Cãmara de Vereadores de Feira, o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), comentou sobre suas prentensões políticas para 2024. Jhonatas não descartou a possibilidade de concorrer à prefeitura e expôs a insatisfação do partido com o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado.
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"Tiramos duas diretrizes no primeiro semestre de 2023, a primeira, é que temos um denominador comum que é interromper o ciclo de mais de 20 anos do mesmo grupo político controlando a prefeitura, a segunda diretriz, dialogar com todas as forças que se dizem oposição para no mínimo chegar a um entendimento de qual é o cenário que vamos enfrentar em 2024, mesmo que isso não significasse necessariamente aliança com essas outras forças políticas. Não conseguimos finalizar esse ciclo de conversações, internas e externas, estamos em uma federação com a Rede Sustentabilidade, é um diálogo que precisa ser feito, temos outras forças de oposição que sinalizaram candidaturas e que precisamos fazer alguma tratativa e como estamos até o final de setembro em fase congressual, isso deve se intensificar nesse segundo semestre em outubro, principalmente em novembro, teremos uma definição sobre o cenário eleitoral ainda este ano. Uma das coisas importantes, obviamente, é avaliar onde meu nome se localiza nisso, tem um debate partidário, porque existem segmentos que defendem a disputa pela reeleição, a preocupação com a continuidade do trabalho aqui na Câmara Municipal, diversos segmentos sociais se veem representados na atuação do nosso mandato, e tem a preocupação de que se eu não estiver na chapa, fica muito mais difícil que o PSOL se faça presente no Poder Legislativo, ao mesmo tempo, existe uma leitura que há um desgaste muito grande desse grupo na prefeitura, uma insatisfação popular muito significativa e que as pessoas têm buscado uma alternativa política para além dos nomes já postos e nesse sentido discutem a possibilidade de uma candidatura própria à prefeitura, que passa também pelo meu nome, que seria aquele mais conhecido, com mais expressão, todas as duas situações tem prós e contras, isso precisa ser pensado com muita responsabilidade, uma coisa é certa, estaremos no processo eleitoral em 2024", disse.
Divergências e desaprovação ao governo do PT no estado
"Apoiamos no segundo turno por uma razão muito simples, para o PSOL, seria um retrocesso a volta do “Carlismo”, mesmo que requentado na figura do ACM Neto (UB), segundo turno é isso, eleição a favor e contra. Porém, temos muitas divergências com o governo estadual, não só com o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT), mas, com as administrações anteriores, existem áreas em que temos crítica aberta, por exemplo a política de segurança, que em nossa avaliação não consegue promover o direito à segurança da população, pelo contrário, temos índices de letalidade policial extremamente altos, que vitimam principalmente a população negra, a política ambiental do governo, que tem passado por cima de povos e comunidades tradicionais em nome de empreendimentos, como em Boipeba, no Oeste da Bahia, como o governo estadual favorece o agronegócio passando por cima de quem é pequeno, somos contra isso, divergência em relação ao tratamento que se dá ao funcionalismo público e por todas as razões no último Congresso Estadual, há duas semanas, deliberamos que qualquer militante do PSOL e porventura tivesse cargo no governo estadual precisaria entregar seus cargo e que o partido não faria mais parte do Conselho Político do governo estadual, como vinha fazendo, um tanto indevidamente porque tínhamos uma direção partidária muito próxima do governo mas que não representava a média da militância que tem uma posição de independência muito mais forte, é o caso do nosso mandato aqui, também do deputado estadual Hilton Coelho, que nós defendemos uma postura de independência para que o partido possa pela esquerda apontar os problemas que o governo tem, que são reais, existem e que precisam ser enfrentados", concluiu.
Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão
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