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Bahia Protesto

Socioeducadores paralisam as atividades em Feira de Santana

Terça (19)

19/09/2023 09h18 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Cássio Cerqueira
Cássio Cerqueira

Aconteceu na manhã desta terça (19) uma paralisação dos agentes socioeducadores que atuam nas CASE (Centro de Apoio Socio Educativo) Zilda Arns e Juiz de Melo Matos em Feira de Santana, com organização do SINDAP/BA (Sindicato dos Agentes Disciplinadores e Socioeducadores).

Ao Conectado News, o diretor do SINDAP, Zito Santos, relatou que a categoria vem enfretando vários problemas junto a Fundação José Silveira, terceirizada responsável pela gestão dos trabalhadores, desde atraso nos salários até corte no adicional noturno.

"Estamos aqui em uma assembleia com duas pautas: a primeira, reivindicar direitos junto a Fundação José Silveira, que não está pagando os nossos salários em dia e atualizando nosso salário, para se ter uma ideia, a Fundação está pagando R$ 1.212,00, não atualizou o salário, estamos em setembro, está negando nosso direito a férias e quando temos, passam dois meses sem pagar o funcionário, temos desconto no adicional noturno, que baixou de 50 para 20%, estamos recebendo menos do que há 10 anos atrás, estamos com salários atrasados, vale refeição descontado, pegaram as horas extras e transformaram em banco de horas e quando dão folga ao profissional, a José Silveira desconta no vale alimentação, não é justo, a nossa assembleia é justamente para discutir essas questões contra a Fundação José Silveira, que está se fazendo de desentendida, dizendo que pe o Governo do Estado que não está reembolsando, também estamos buscando diálogo com Estado", afirmou.

Zito reclama ainda da baixa lotação das unidades, que ocasiona a demissão dos socioeducadores.

"Estamos preocupados com o esvaziamento das unidades socioeducativas, para se ter uma ideia, o CASE Zilda Arns, com condições de abrigar 130 adolescentes, está com 24, a CASE Juiz de Melo Matos está com 23, isso é muito pouco para a quantidade de adolescentes que estão nas ruas, é essa a nossa  discussão e reivindicação, vamos participar desse debate, o governo fala em pacto pela vida, mas que pacto é esse em que as unidades estão sendo esvaziadas, os profissionais demitidos e os adolescentes estão na rua matando e assaltando, essa é nossa preocupação, é uma discussão da sociedade, somos família, Direitos Humanos, precisamos participar desse debate, essa é nossa reivindicação junto ao governo, como será a condução dessa situação do socioeducativo na Bahia", disse.

Reportagem: Hely Beltrão

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