O reajuste salarial do prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) virou alvo de uma ação judicial apresentada por dez vereadores do PSOL, entre os atuais e eleitos para o próximo mandato. O aumento de 46,6% foi assinado pelo gestor e publicado no Diário Oficial de quarta-feira (23). Um dia antes, em votação na Câmara, 34 vereadores aprovaram o reajuste, 17 foram contra e houve uma abstenção.
O salário atual do prefeito é de R$ 24.175,55, mas com o aumento ele vai passar a receber R$ 35.462. De acordo com o UOL, os reajustes do vice-prefeito e dos secretários serão ainda maiores, com crescimento de 47% e 53%, respectivamente. A mudança entra em vigor em janeiro de 2022.
No texto da ação popular, os vereadores citam a pandemia do novo coronavírus como motivo que deveria impedir o aumento.
“Mesmo que o reajuste esteja previsto para 1º de janeiro de 2022, a Câmara Municipal de São Paulo, ignora o fato de estarmos na segunda onda do Covid-19, de uma incerteza após as festas de fim de ano, além das incertezas e gastos com a imunização que a cidade deveria dar prioridade, e não a esse tipo de aumento fora da realidade social e econômica e financeira da própria administração pública”, afirmou.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo justificou o reajuste alegando que o teto salarial do município “está defasado desde 2012, ano da última correção”. “Nesse período, que completa oito anos, a inflação acumulada chegou a 63,11% pelo IPCA e 100,41% pelo IGP”, frisou.
Mín. 18° Máx. 33°
Mín. 19° Máx. 29°
Chuvas esparsasMín. 18° Máx. 32°
Tempo limpo