A década de 90 deixou muitas saudades no quesito musical, e com certeza, o sucesso "Morango do Nordeste" do cantor Lairton embalou muitos romances nesta época, sendo também uma das músicas mais tocadas nas rádios de todo o país.
Em entrevista ao Conectado News, Lairton contou sobre a sua carreira, realização profissional e agenda para o São João.
"Graças a Deus, depois de 3 anos de pandemia, começamos a voltar com força total, isso está dando um impulsionamento maravilhoso, estou com um novo trabalho, e o mês de junho é espetacular, posso dizer que estava com muita saudade dessa época do ano, tenho vários shows pela Bahia, Sergipe, Alagoas e também no Maranhão.
O músico se apresenta em vários estados do Nordeste, mas revela ter um carinho especial pela Bahia.
"Consigo entrar bem em outros estados, a exemplo de Sergipe, Alagoas, Paraíba, recentemente em Pernambuco, mas a Bahia tem um carinho espetacular pelo meu trabalho, sou muito grato ao público baiano que acolheu o meu trabalho de uma maneira especial, sempre onde vou na Bahia, sou recebido com um carinho muito grande, um público muito bom, onde consigo fazer um show ainda melhor para eles", diz.
Lairton relembrou as dificuldades do início de carreira.
"Venho de bandas de baile, músico da noite, desde os 10 anos de idade, sempre ralando até que veio a oportunidade de gravar o meu primeiro disco, “O Morango do Nordeste”, que me projetou em nível nacional e internacional, que fez tudo mudar em minha vida, atualmente conseguimos mostrar o trabalho bem mais rápido do que naquela época, estou aprendendo ainda mais com tudo isso, a cada dia procuro aprimorar o meu trabalho com a intenção de levar para o público que gosta do meu trabalho, procuro inovar, sempre levando coisas novas, mas sem fugir de como tudo começou, a música romântica, seresta, como “O Morango do Nordeste”, “Porque Brigamos”, “Senhorita”, são canções que eternizaram a minha carreira e não ficam de fora dos shows, procuro sempre buscar o melhor para o público e graças a Deus tem dado certo, e tenho muita fé em Deus que vamos melhorar mais ainda", comentou.
O cantor aconselha a quem está começando agora, a ter os pés no chão, por Deus em primeiro lugar e não esquecer que sem o público, o artista não é nada.
"Sempre fui um cantor que busca o gosto do público em primeiro lugar, não fujo da essência de onde veio o meu grande sucesso, buscando coisas novas, mas sempre naquele estilo do primeiro, segundo, terceiro e quarto disco, pois foram esses discos que me projetaram para o Brasil, nunca fui muito do modismo, procuro sempre manter o padrão que venho fazendo, não tenho nada contra outros estilos de música, sou um músico que gosta de todos os estilos, não tenho rejeição com outros tipos de música, até apoio músicas que seguem outras linhas. Para aqueles que estão começando, diria uma coisa: pé no chão, cabeça no lugar e muita fé em Deus, pois Deus está em primeiro lugar na nossa vida em segundo esse público maravilhoso que nos dá essa sustentabilidade, sem o público não somos ninguém, bato sempre nessa tecla. As vezes me dizem: “Ah, você vai tocar em um lugar pequeno”, mas como diz a canção “Nos bailes da Vida” de Milton Nascimento, que marcou a minha vida, “Todo artista tem de ir aonde o povo está”. Vou em todos os cantos desse país, às vezes toco para umas, duas ou três pessoas, para um público de 20 a 50 mil pessoas, mas a emoção é a mesma, não muda, acredito que é isso que me sustenta até hoje", afirmou.
Sobre a música “Dormi na Praça”
"Muita gente não conhecia essa canção, que foi gravado em primeira mão por Bruno e Marrone em outra versão, no segundo disco deles. Conheci essa música deles e comecei a toca-la nos bares e casas de serestas onde me apresentava, quando gravei o meu disco, pensei o seguinte: vou colocar essa música, e ela veio no meu segundo disco. Uns sete meses depois da minha gravação, o Bruno e Marrone a regravaram na versão acústica, dando uma nova cara, e a música veio com força total, e isso de certa forma me ajudou, porque eu vinha de uma gravadora pequena, a Gema ainda estava iniciando, e essa exposição ajudou muito a gravadora com um impulsionamento, para os lojistas, pessoas que já tinham ouvido meu primeiro CD e gravando o segundo com canções maravilhosas como, “A Dois”, “Tentei te Esquecer”, “Dormi na Praça”, e nisso as coisas cresceram de maneira espetacular.
Lairton afirma que conseguiu se estabilizar financeiramente com a música por fazer um bom investimento do dinheiro que ganhou, tendo a consciência de que o artista tem seus altos e baixos.
"Graças a Deus sim, claro que temos de segurar um pouco as coisas, estive no auge do sucesso com o “Morango do Nordeste”, e para manter tudo isso é complicado, mas sempre fui uma pessoa com pé no chão, sempre investi naquilo que acredito até hoje, que pode sim dar uma sustentabilidade econômica, investi muito em minha carreira, não medi esforços, posso falar que chegava final de mês naquela época ter R$ 300 mil reais em caixa fim de mês, era muito dinheiro, pegava 50% disso e investia na carreira, e os outros 50% investi em outras coisas, como imóveis. Sabemos que a música tem seus altos e baixos, uma hora está por baixo, depois por cima, e temos de nos prevenir", disse.
Agenda para o mês de Junho
"Na Bahia, estarei em Anguera, São Sebastião do Passé, Salvador, Monte Santo, Jacobina, entre outras. Em Sergipe, nos municípios de Itabaiana, Dores, Nossa Senhora da Glória e também em Alagoas", concluiu.
Confira a entrevista na íntegra em nosso podcast.
Reportagem: Luiz Santos
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