Os conflitos militares entre a Rússia e Ucrânia têm uma história que remete à idade média. Para explicar sobre esse conflito o Conectado News entrevistou o professor Matheus Souza,Bacharel em Relações Internacionais e doutorando em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
“O Brasil deve ter um papel de cautela, porque somos parceiros tanto da Ucrânia quanto da Rússia, dialogar com ambos os lados, viabilizar a retirada com segurança dos brasileiros (as) que estão em território Ucraniano, a Diplomacia brasileira deve adotar uma postura e manter as relações, ainda que os lados opostos estejam em uma guerra", disse.
"Neste Biênio de 22 / 2023 o Brasil é um dos membros não permanente do Conselho Segurança da Organização das Nações Unidas , foi eleito em 2021, tem recebido pressões de países que também são parceiros históricos da nossa nação, como EUA, França e Reino Unido, para se posicionar mais claramente em posição contraria a ação russa", diz.
A Rússia é um parceira, a China tem adotado uma postura mais distante do posicionamento mais explícito que são parceiros históricos comercias econômicos importantes para o Brasil, temos observado que as sanções econômicas que se apresentam como o EUA e União Europeia e membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tem definido contra a Rússia venha afetar de alguma forma os interesses econômicos dos brasileiros. É uma situação extremante delicada, a diplomacia profissional deve fazer valer a questão mais urgente de garantir a proteção dos brasileiros em relação ao posições internacionais, pois são parceiros que estão brigando entre si", avalia.
“O Brasil não tem nada a ver com essa guerra, não nos interessa reconhecer se a Rússia agiu de forma correta desrespeitando a soberania ao invadir o território do pais vizinho, é algo que fere princípios fundamentais do direito internacional público ", afirma.
"Não é interessante para o Brasil se distanciar da Rússia que é um parceiro estratégico, importamos da Rússia cerca de 65% de fertilizantes fundamentais para o agronegócio brasileiro.
"Essa é a dificuldade das relações internacionais, esse não condicionamento pode desagradar parceiros Ocidentais do Brasil, agora é caminhar para o fio da navalha, para ver se as consequências dessa guerra não seja tão danosa para a economia brasileira e dos nossos vizinhos", analisa.
"A Crise humanitária é um dos problemas previstos, não é momento de posicionamentos radicais e sim de solidariedade e contundência na confirmação que não se deve desrespeitar esses princípios dos territórios, mas é importante observar os desdobramentos que pode gerar para o nosso país”,
Guerra ou conflito?
Segundo o professor especialista Matheus Souza, toda guerra é um conflito, mas nem todo conflito é uma guerra.
Raízes históricas
“As raízes são históricas, a Rússia após a dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria 1991,Ela voltou ser um país com um território menor. A dimensão imperial que tinha deixou de existir e novos países aqueles que de fato componham o conjunto das republicas socialistas soviéticas foram se tornado independentes sendo a Ucrânia um desses países”. Conta.
“No contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos da América(EUA), logo após a segunda Guerra Mundial em 1949, foi o ano o qual a Rússia conseguiu testar com sucesso o primeiro artefato nuclear. Os EUA criaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN),que é uma aliança militar de segurança coletiva, se um inimigo atacar um dos membros da aliança todos os membros vão se juntar para responder a esse ataque”, explica.
“A União Soviética alguns anos depois em 1955, criou sua aliança chamada Pacto de Varsóvia, na Segunda Guerra acabou, a União Soviética e o pacto , mas a OTAN continuou e uma das estratégias de continuidade era abrigando, incorporando e unindo países Europeus que faziam parte da área de influência Soviética na Aliança da Organização Militar”, conta o especialista.
"As consequências desse ingresso de países na aliança é ajudar na defesa nacional, em recursos e armamentos. Os russos foram percebendo que alguns de seus vizinhos de área de influência foram se militarizando com armas estratégicas de defesa antiaérea foram se armando ao redor do seu território no leste Europeu no oeste da Rússia, há anos vem informando sobre a estratégia da OTAN que gera um alerta para área de segurança”, conta.
"Neste contexto a ideia da Ucrânia ingressar não agradou aos russos , a curto prazo a Ucrânia não entraria porque o tratado estabelece que novos membros só podem ser aceitos se não tiveram conflitos, sabemos que a mesma vem desde 2014 quando a Crimeia passou ser dominada pelos russos, mas a aproximação da Ucrânia com o Ocidente foi sendo vista como uma questão de segurança , isso se intensificou e a ação militar foi estabelecida", relata.
Direito Internacional
Do ponto de vista do direito internacional a Ucrânia sendo um pais soberano tem direito de pleitear seu ingresso em qualquer organização internacional, o direito na maioria das situações de conflito quando a política de um outro pais se coloca à mesa muitas vezes se dobra as políticas de poder", finalizou.
Ouça entrevista completa com o professor Matheus Souza,Bacharel em Relações Internacionais
Reportagem Luiz Santos Ana Meire Dias
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