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Brasil Guerra

“O Brasil deve ter cautela", diz especialista sobre conflito entre Rússia e Ucrânia

Professor Matheus Souza,Bacharel em Relações Internacionais

27/02/2022 10h27 Atualizada há 3 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Arquivo pessoal
Foto Arquivo pessoal

 

Os conflitos militares entre a Rússia e  Ucrânia têm uma história que remete à idade média. Para explicar sobre esse conflito o Conectado News entrevistou  o  professor Matheus Souza,Bacharel em Relações Internacionais e doutorando em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

“O Brasil deve ter um papel de cautela, porque somos parceiros  tanto da Ucrânia  quanto da Rússia,   dialogar com ambos os  lados,  viabilizar  a retirada com segurança  dos brasileiros (as) que estão  em território Ucraniano, a Diplomacia brasileira deve adotar uma postura e manter as relações, ainda que os lados opostos estejam em uma guerra", disse.

"Neste Biênio de 22 / 2023 o Brasil é um dos membros não permanente do Conselho Segurança da Organização das Nações Unidas , foi eleito em 2021, tem recebido pressões  de países que também são parceiros  históricos da nossa nação, como EUA, França e Reino Unido, para se posicionar mais claramente  em posição contraria  a ação russa", diz. 

A Rússia  é  um parceira,  a China  tem adotado uma  postura mais distante do posicionamento mais explícito que são parceiros históricos  comercias econômicos importantes para o Brasil, temos observado que as sanções econômicas  que se apresentam  como o EUA e União Europeia  e membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte  (OTAN)  tem definido contra a Rússia  venha  afetar de alguma forma  os interesses econômicos dos brasileiros. É uma situação extremante delicada, a diplomacia profissional  deve fazer valer  a questão mais urgente  de garantir a proteção dos brasileiros em relação ao posições internacionais,  pois são parceiros que estão brigando entre si", avalia.

“O Brasil não tem nada a ver com essa guerra, não nos interessa reconhecer se a Rússia agiu de forma correta desrespeitando a soberania ao invadir o território do pais vizinho, é algo que fere princípios fundamentais do   direito internacional público ", afirma.

"Não é interessante  para o Brasil se distanciar da Rússia que é um parceiro  estratégico, importamos da Rússia cerca de 65%  de fertilizantes fundamentais para o agronegócio brasileiro. 

"Essa é a dificuldade das relações internacionais, esse não condicionamento pode desagradar parceiros Ocidentais  do Brasil, agora  é caminhar para o fio da navalha, para ver se  as consequências   dessa guerra  não seja tão danosa  para a economia brasileira e dos nossos vizinhos", analisa.

"A Crise humanitária é um dos problemas previstos, não é momento de posicionamentos radicais  e sim de solidariedade  e contundência  na confirmação  que não se deve desrespeitar esses princípios dos territórios, mas é importante observar  os desdobramentos  que pode gerar para o nosso país”,

Guerra ou conflito?

Segundo o professor especialista Matheus Souza, toda guerra é um conflito, mas nem todo conflito é uma guerra.

Raízes históricas

“As raízes são históricas, a Rússia após a  dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria 1991,Ela voltou ser  um país  com um território menor. A dimensão imperial que tinha deixou de existir e novos países aqueles que de fato componham  o conjunto  das republicas socialistas  soviéticas foram se tornado independentes    sendo a  Ucrânia um desses países”. Conta.

“No contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos da América(EUA), logo após a segunda Guerra Mundial em 1949, foi o ano  o qual a Rússia conseguiu testar com sucesso o primeiro  artefato nuclear. Os EUA criaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN),que é uma aliança militar  de segurança coletiva, se um inimigo atacar  um dos membros da aliança todos os  membros vão se juntar para responder  a esse ataque”, explica.

“A União Soviética alguns anos depois em 1955,   criou  sua aliança chamada Pacto de Varsóvia, na Segunda Guerra acabou, a União Soviética e o pacto , mas a OTAN continuou e uma das estratégias  de continuidade  era abrigando, incorporando e unindo países Europeus que faziam parte  da área de influência  Soviética  na Aliança da Organização Militar”, conta o especialista.

"As consequências desse ingresso de países na  aliança é ajudar na defesa nacional, em recursos e  armamentos. Os russos foram percebendo  que  alguns de seus  vizinhos de área de influência foram se militarizando com armas estratégicas  de defesa antiaérea  foram se armando ao  redor do seu  território  no leste Europeu no oeste da  Rússia, há anos vem informando  sobre a estratégia  da OTAN  que gera um alerta  para área de segurança”, conta.

"Neste contexto a  ideia da Ucrânia ingressar não agradou aos russos , a curto prazo a Ucrânia não entraria  porque  o tratado estabelece que  novos membros  só podem ser aceitos se não tiveram conflitos, sabemos que a mesma  vem desde 2014  quando a  Crimeia passou ser dominada pelos russos, mas a aproximação da Ucrânia  com o Ocidente  foi sendo vista como  uma questão de segurança , isso se intensificou  e a ação militar foi estabelecida", relata.

Direito Internacional

Do ponto de vista do direito internacional a Ucrânia sendo um pais soberano tem direito de pleitear seu ingresso  em qualquer  organização internacional,  o direito na maioria das  situações de conflito   quando a política de um outro pais se coloca à mesa  muitas vezes se dobra as políticas de poder", finalizou. 

 

Ouça entrevista completa com o professor Matheus Souza,Bacharel em Relações Internacionais 

 

 

Reportagem Luiz Santos Ana Meire Dias 

 

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Ana Rita da Costa OliveiraHá 3 anos Feira de SantanaPorquê ninguém sabe o que Putin disse no pé da orelha de Bolsonaro e este, ensinou ao Comandante da Rússia.
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