Novembro é o mês dedicado, de forma mais intensiva, à prevenção e aos cuidados do câncer de próstata, enfermidade que acomete muitos homens não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Para tratarmos desse assunto, convidamos a Psicóloga Larissa Macedo.
“A gente sabe que os homens se sentem mais fragilizados do que as mulheres em relação a buscar ajuda. E, por conta desse medo, como é o que acontece agora no Novembro Azul em relação ao exame de próstata, eles acham que não devem buscar o médico com tanta frequência, que não devem cuidar da saúde de uma maneira tão adequada. Por isso existem tantos casos que a gente vê na Organização Mundial a Saúde e do próprio IBGE, sobre essa questão de que os homens morrem mais do que as mulheres, de que a expectativa de vida é menor em relação às mulheres, eles adoecem mais do que as mulheres também. Então assim, durante esse período mesmo do Novembro Azul, esse período de campanha, é muito importante que a gente fale, não apenas em relação à saúde da próstata, mas a saúde de forma geral do homem, para que ele se conscientize em todos os aspectos, tanto físicos quanto psicológicos.”
Perguntada se existe alguma justificativa para que o homem tenha tanto medo de ir ao médico, a Psicóloga respondeu: “essa questão é cultural, não vem de agora. Os homens buscam menos os serviços de saúde porque não viram, muitas vezes, o pai ou o avô com esse mesmo cuidado com a saúde, as mães, no caso das meninas, por exemplo, costumam já levar, desde cedo, as meninas ao ginecologista. Os garotos não são levados ao urologista com tanta frequência e isso acaba fazendo com que, na vida adulta, eles deixem de procurar também os profissionais de saúde e quando vão os quadros da própria saúde já estão mais agravados. Existe um medo por parte deles de saberem que estão doentes, de realmente se perceberem adoentados, porque muitos não sabem lidar com o fato de estarem doentes; e por não saberem lidar, muitas vezes, com isso, eles não se cuidam, deixam muitas vezes de seguir recomendações médicas. Fora isso, eles tem uma propensão maior, eles são mais susceptíveis a diversas coisas, em relação ao meio social.”
E explicou mais: “no caso do exame de próstata, eles acreditam que isso fere a masculinidade , então acabam deixando de realizar o exame e, muitas vezes, quando acabam descobrindo algo, é por causa de sintomas e os sintomas, geralmente, do câncer de próstata, no início acabam sendo muito silenciosos. Então, se o homem está sentindo alguma coisa é porque, talvez, o quadro da doença já esteja mais agravado. E, assim como eles não buscam os médicos, muitas vezes deixam muito a desejar, negligenciam muito a saúde psicológica também, não buscando um psiquiatra ou um psicólogo.”
“O que é importante pra melhorar a qualidade de vida dessa população masculina? Primeiro: os homens precisam aprender a ter mais consciência da sua saúde física e mental, entender que por mais frágeis que eles possam estar,não devem deixar de cuidar da saúde; então eles tem que procurar mais os serviços de saúde, como forma de prevenção, não apenas quando eles já estão adoentados. O consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, eles devem evitar esse consumo excessivo, praticar mais exercícios físicos, dormir melhor, realizar todo um processo social, um processo mesmo de cuidado com a sua saúde, porque dessa maneira, realmente, eles vão conseguir ter uma qualidade de vida muito melhor e daí pra frente e, quem sabe, se equiparar à saúde das mulheres.”
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