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Polícia Ex-motorista de ACM

Ex-motorista de ACM é preso ao tentar entrar com celulares em presídio de Salvador

A Polícia Militar confirmou a prisão e informou que o major foi autuado em flagrante e encaminhado à Corregedoria da PM

05/08/2025 06h38
Por: Mayara Naylanne
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Um major da Polícia Militar da Bahia, que atuou por cerca de dez anos como motorista pessoal do ex-governador Antônio Carlos Magalhães (ACM), foi preso em flagrante nesta quarta-feira (31) ao tentar entrar com dois celulares em um presídio de Salvador. A tentativa de entrada dos aparelhos, proibidos em unidades prisionais, foi frustrada por agentes de segurança da própria penitenciária.

Segundo informações apuradas pelo BNews, o oficial, identificado como Major Valmir Araújo da Silva, foi detido no momento em que tentava entregar os celulares a internos da unidade prisional. Um dos aparelhos era de tamanho convencional e o outro, de porte menor, provavelmente para facilitar o transporte e esconderijo. O caso está sendo tratado com rigor pelas autoridades, especialmente pela posição de confiança que o major ocupava na estrutura da segurança pública baiana.

O que chama atenção no episódio é o histórico do oficial. Valmir Araújo integrou por uma década a equipe de segurança pessoal de ACM, sendo motorista do ex-governador baiano em um dos períodos de maior influência política do carlismo no estado. A proximidade com o clã político e o prestígio adquirido ao longo dos anos tornam o caso ainda mais emblemático, levantando questionamentos sobre as redes de influência e possíveis facilidades oferecidas a membros da corporação.

A Polícia Militar confirmou a prisão e informou que o major foi autuado em flagrante e encaminhado à Corregedoria da PM, onde será submetido a um procedimento investigativo. O comando da corporação reforçou que não compactua com desvios de conduta e que o caso será tratado com a devida severidade.

A entrada de celulares em presídios é considerada uma infração grave, pois esses aparelhos frequentemente são utilizados por organizações criminosas para coordenar ações dentro e fora das unidades prisionais. O caso reacende o debate sobre a vulnerabilidade no sistema penitenciário e o envolvimento de agentes públicos em práticas ilegais.

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