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Feira de Santana SEAGRI

"É preciso se adaptar ao novo momento", diz secretário sobre impactos das mudanças climáticas na agricultura

Alexandre Monteiro

14/05/2024 14h32 Atualizada há 2 meses
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
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Aconteceu na manhã desta terça (14), no auditório da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Feira de Santana, um evento que trata sobre os impactos da desertificação na produção agrícola, tendo como palestrante, o professor Humberto Barbosa, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), um dos maiores estudiosos em desertificação do país.

Em entrevista ao Conectado News, o secretário de Agricultura do município, Alexandre Monteiro, afirmou que é necessário que o homem do campo receba orientação para que possa se adaptar ao novo momento climático.

"Esse evento tem grande importância, não só pela força econômica de Feira de Santana, localização geográfica, importância comercial e por suas raízes, o município nasceu de um processo de uma feira de gado, ou seja, seu nascimento está ligado a pecuária e agricultura e por isso temos que valorizar essas questões, precisamos nos preparar para essa nova realidade, esse processo de desertificação foi iniciado, algo já demonstrado pelo professor Humberto Barbosa, que é um dos maiores especialistas do mundo nessa questão de desertificação, é preciso que o governo Municipal e governos estaduais juntamente com o governo federal, possa buscar ações efetivas para que possamos conviver dentro dessa nova realidade, precisamos nos adaptar às culturas a essa nova realidade, a criação de gado, ovinos e caprinos, é preciso que também se busque ações que venham fazer uma melhoria do solo da nossa região, soluções para que a comunidade tenha abastecimento de água potável de forma plena, porque é uma realidade que precisamos enfrentar e é preciso que se tenha a capacidade para fazer isso".

Desequilíbrio ambiental

"Não só essa questão de chuva e sol, mas também a má distribuição dessas chuvas que chegam às vezes no momento errado, tivemos recentemente 3 meses de seca, a Secretaria de Agricultura teve que se mobilizar para fazer uma operação pipa de forma bem abrangente para abastecer de forma responsável essas pessoas, tivemos poucas reclamações por falta de abastecimento de água na zona rural, porque fomos competentes nessa questão, fizemos a distribuição também de ração animal, coisa inédita no município, nunca foi distribuído ração animal nos distrito de Feira de Santana para manterem vivos esses animais, a Secretaria tem feito a sua parte. Iniciaremos um grande programa de estudo hidrogeológico (ramo das Geociências que estuda as águas subterrâneas quanto ao seu movimento, volume, distribuição e qualidade) de Feira de Santana para deixarmos como legado para as próximas administrações, saber em que local prospectar água e a qualidade, se doce, salgada, qual a profundidade, esse estudo deve balizar a perfuração de poços artesianos em toda zona rural do município, o estado precisa tomar consciência de que precisa treinar e levar conhecimento aos agricultores, para migrarmos talvez da criação de gado para caprinos ou ovinos, precisamos levar esse conhecimento as pessoas para que tenham consciência de que a nossa produção precisa migrar para um novo momento, buscarmos plantas e animais mais adaptados a esse novo cenário que viveremos no futuro", concluiu.

Reportagem: Onildo Rodrigues e Hely Beltrão

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