"Quatro mil obras estão paralisadas no Brasil", diz ministro Rui Costa em visita a Feira de Santana

O ministro Chefe da Casa Civil, Rui Costa esteve na manhã deste Sábado (14) no Residencial Campo Belo Habitar do Sertão, no bairro Campo do Gado Novo em Feira de Santana, para vistoriar e  anunciar a entrega e ampliação de casas do Programa Minha Casa Minha vida.

Em entrevista ao Conectado News, Rui Costa comentou sobre as condições das moradias, obras paralisadas e anunciou a vinda do presidente Lula a Bahia.

"O presidente quer fazer um ato de inauguração, são nesse momento 1.400 unidades no país que estão prontas para serem entregues, apesar do prédio estar pronto, o acesso não está, viemos fazer uma vistoria de perto, mas não há condição de entregar em uma semana, pois é preciso repor o material que foi roubado, roubaram algumas fiações, quebraram vários vidros, que deverão ser repostos e portanto, precisará na melhor das hipóteses entre 20 a 30 dias para repor o que foi danificado e estar em condições de ser entregue às famílias, combinarei com a Caixa Econômica e com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), as providências a serem tomadas para que no máximo em 30 dias consigamos entregar essas habitações às famílias, o presidente vai anunciar no ato de inauguração, a retomada do programa Minha Casa Minha Vida, que foi interrompida na faixa 1, destinada a atender pessoas com menor faixa de renda, o presidente vai anunciar o seu retorno com investimento já nesse ano de 2023, para além de concluir e entregar às famílias milhares de apartamentos que já estão prontos, faltando apenas alguns detalhes, são algumas das ações prioritárias do presidente, casa para o povo que precisa morar, o Minha Casa Minha Vida, ele vai retomar com muita força".

CN - As obras do Programa Minha Casa Minha Vida fazem parte do PAC? 

Rui Costa - O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é criação do presidente Lula, que foi eleito pelo povo brasileiro para retomar as ações, sejam casas, construções de creches, escolas, infelizmente a sensação que temos é que desde que a Dilma Roussef (PT), saiu não tem governo no Brasil, esse empreendimento começou a ser construído no final de 2014, estamos em 2023 quase 4.000 escolas paralisadas no Brasil, na Bahia são mais de 400 e, portanto, temos que retomar, concluir todas essas obras e entregar a população. 

CN – Implantará o ritmo correria no governo federal?

Rui Costa - Correria, acelerado, o presidente está com pressa, ele quer viajar para os Estados ainda em janeiro e a Caixa sinalizou algumas unidades que estariam nos relatórios a ponto de entregar, mas às vezes tem uma diferença do relatório para a vida real, fiz questão de ver qual é a situação.

CN – Bahia tem um significado importante?

Rui Costa - Sim, o presidente já disse que em outra existência já foi baiano, por isso o carinho que ele tem para o povo da Bahia e a recíproca é sempre muito forte, os baianos gostam muito do presidente. 

CN – O Sr. tem alguma influência sobre a formação do secretariado do governo Jerônimo?

Rui Costa - Tenho acompanhado pela imprensa, estou fazendo com Jerônimo aquilo que Vagner fez comigo, ou seja, deixando-o absolutamente à vontade, total liberdade para montar sua equipe assim como tive para montar a minha, não faço qualquer interferência e o que eu puder ajudar, farei. 

CN - O Sr. acredita na prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)? 

Rui Costa - Isso caberá ao processo de investigação, é visível a forma, condução e você vê nas imagens que foi um ato organizado, planejado, não restam dúvidas, tinham líderes conduzindo, sabiam onde entrar, o que quebrar, salas que queriam arrombar e portanto, na cadeia de comando estabelecer a verdade, o ex-ministro e Secretário de Segurança Pública que apesar de ter sido nomeado dia 1º de janeiro, viajou e coincidentemente para a mesma cidade, que estava Bolsonaro, para acompanhar via internet a destruição, a investigação haverá de dizer que são os responsáveis. 

Ouça na íntegra em nosso podcast.

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão