O clima que já foi cordial entre o atual presidente da Câmara de Feira de Santana, Fernando Torres (PSD) e a próxima presidente Eremita Mota (PSDB), azedou. Na sessão desta quinta-feira (08), Eremita Mota acusou Fernando Torres de ter "rasgado" o regimento da Câmara ao ter negado a ela o acesso a projetos.
"Para a matéria de hoje (08/12) foi dito na quarta-feira (07/12) pelo presidente que só uma comissão daria parecer aos projetos datados de hoje, para tirar a minha dúvida, fui no Legislativo, não mencionarei nomes, mas a pessoa que procurei me disse: o presidente deixou ordem para não lhe entregar projeto nenhum. Isso é grave profissionais de imprensa, isso que está acontecendo é impossível, não estou aqui para apontar ninguém, mas a pessoa que me disse tem que se responsabilizar. Por que eu não recebi o projeto? Porque está acontecendo isso? Não pedi para ter comissão, não fiz lobby para ser presidente de comissão, mas sou presidente da comissão e quero seguir o regimento interno, como estávamos seguindo, o que está acontecendo nessa casa tenho só a lamentar e pedir que nossos pares, principalmente os vereadores de oposição Jhonatas Monteiro, que tem um estudo apurado como eu também estudo o regimento, foi dito que não conhecemos, mas eu estudo o regimento, e estou sempre com ele. Precisamos tomar uma providência urgente nessa Casa para que essas coisas não continuem e se tornem um vício. Ao longo dos meus cinco mandatos, nunca vi uma situação dessas, rasgar o regimento da Câmara da maneira como está sendo feito", afirmou.
O vereador Fernando Torres rebateu, dizendo que passou a conhecer Eremita Mota somente após a eleição para a presidência da Casa, que não votaria nela caso as eleições fossem hoje e acusou a vereadora de assinar os projetos sem fazer a devida leitura.
"Vossa Excelência nunca falou dessa forma da minha pessoa, primeira vez eu estou completando 02 anos, e sempre fui elogiado, logo após a nossa decisão de sair do grupo porque eu não estava concordando com a chantagem que estava sendo feita, liderada pelo seu filho, a senhora começou a tratar diferente comigo. Não me arrependi de ter lhe colocado como presidente, não sei se tem capacidade ou não de ser presidente da Casa, porém, se fosse hoje eu não voltaria novamente, porque eu lhe conheci após a sua eleição, alguns vereadores que já foram seus colegas chegaram a me alertar me dizendo que V.Exa. era bipolar, eu não concordava. Mas a Senhora dizer, que trato a Câmara como se fosse uma coisa minha, para mim isso é um elogio, porque trato mesmo, tratei a Câmara como se fosse uma empresa minha, até melhor, porque aqui é dinheiro público. Quanto à questão que não foi para a Comissão de Constituição e Justiça, consultei a Procuradoria, alguns advogados e esses advogados orientaram o presidente a mandar para a Comissão de Finanças e Orçamento, por que a questão trata disso, de finanças e orçamento, não é uma questão de justiça, orçamento é fiscalização. Na Câmara Federal, o orçamento não vai para a CCJ, para ter essa decisão, liguei para um deputado que sempre fez parte da CCJ, que me disse: Fernando, o correto é mandar para a Comissão de Finanças e Orçamento, não fiz nada não para não lhe enviar, inclusive a V.Exa. cometeu um crime gravíssimo, quando afirmou que nem lê os processos entram nesta Casa, V.Exa. afirmou que só faz assinar sem fazer a leitura do processo, está registrado em ATA", finalizou.
Confira na íntegra.
Reportagem: Hely Beltrão
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