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Economia Emprego

Feira de Santana bate recorde na geração de empregos, segundo CAGED

Geração de empregos em alta nos últimos 12 meses

14/07/2022 15h52 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Germano Lüders/Exame
Germano Lüders/Exame

Segundo informações do novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o saldo de emprego formal em Feira de Santana obteve resultado positivo, paralelo ao que acontece no cenário nacional. O total de trabalhadores admitidos superou o de desligados pelo décimo segundo mês consecutivo. Em entrevista ao Conectado News, o economista Cleiton Silva, professor de economia da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), afirmou que houve um aumento no índice de emprego, mas uma diminuição no salário dos trabalhadores.

"Todos os dados de emprego não só de Feira de Santana, mas do Brasil, a julgar pelos dados oficiais com a mesma metodologia de 2020 até o presente momento, observamos que na fase mais dura da pandemia, houve uma queda de trabalhos formais em todo o Brasil. Felizmente, a partir do segundo semestre de 2020 até 2022, fazendo contínuas expansões de emprego formal e isso dialoga com o dado em nível nacional, não somente dados do CAGED, mas também com dados mais abrangentes do IBGE PNAD (Programa Nacional por Amostra de Domicílios) que infelizmente não faz a pesquisa para Feira de Santana, somente  Salvador e o Brasil como um todo,  há um movimento de expansão real do emprego no Brasil nos últimos meses. O contraponto é que apesar do aumento do emprego, o salário médio das pessoas empregadas não tem subido, tem caído, o que acontece na prática é que o empregador está demitindo as pessoas com salário um pouco maior e contratado novatos com salário menor e esse movimento contribui para que o salário médio caia tanto na economia feirense como na economia brasileira", disse.

CN - Qual setor  que mais empregou em Feira de Santana?

Cleiton Silva - O setor de serviços é o que mais contratou, o maior setor da economia de Feira de Santana, o que mais emprega, não só da economia feirense, mas da Bahia. Nesses movimentos de expansão como estão ocorrendo agora, quando emprego sobe é o setor de serviços que lidera essa contratação líquida de novos postos de trabalho, o mesmo aconteceria em caso de uma retração. Dentro do setor de serviços, que é muito grande e diversificado, o que está contratando mais em 2022 é a área da educação infantil e fundamental, empregou bastante de maneira líquida e a área do tele atendimento, que tem muita rotatividade, demissões e contratações. No primeiro semestre de 2022 observamos que o número de contratações foi muito superior ao de desligamentos, um saldo muito positivo. Somente essas duas sub categorias do setor de serviços tem empregado muito em Feira de Santana.

CN - Mesmo durante a pandemia Feira de Santana registrou um aumento significativo na arrecadação do ICMS, o vilão é o aumento nos preços dos  combustíveis ou há outro motivo?

Cleiton Silva - A arrecadação do imposto ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aumentou realmente, mesmo quando se desconta a inflação da arrecadação de impostos, tanto na Bahia quanto Feira de Santana, porém, explicar por que isso acontece não é algo fácil, não há uma resposta definitiva. Alguns candidatos gostam de explicar que é o preço dos combustíveis, que subiram muito mais rápido que a  inflação, o  ICMS aqui na Bahia é bem concentrado, ICMS de combustível e energia elétrica tem peso importante em nossa arrecadação. Quando você aumenta muito o preço desse bem ou serviço, mesmo com alíquota constante, arrecada-se mais.

Confira a entrevista na íntegra em nosso podcast.

Reportagem, produção e edição: Hely Beltrão

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