São fortes os rumores e as articulações entre o Palácio de Ondina, em Salvador na Bahia, e o Palácio do Planalto, em Brasília no Distrito Federal, para que o feirense filho da zona rural do Distrito de Jaguara, Felipe Freitas, assuma o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo federal.
Caso se confirmem os rumores e as articulações dêem certo, Freitas assumirá o lugar deixado por Silvio Almeida demitido na tarde desta sexta-feira, 6, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob acusações de ter praticado assédio sexual.
Felipe Freitas, que atualmente está licenciado do cargo de secretário de Justiça e Diretos Humanos do governo da Bahia, tem a missão de coordenar a campanha do prefeiturável Zé Neto (PT) em Feira de Santana. Freitas poderá deixar a campanha às pressas para ocupar este importante cargo no governo federal ou esperar passar a campanha e a eleição, consequentemente, para depois assumir o Ministério e enfrentar mais um desafio em sua promissora vida pública.
Estudioso, dedicado às causas dos direitos humanos, Felipe aguarda as articulações políticas dos caciques petistas da Bahia. Neste caso, leia-se Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, Jacques Wagner, senador e líder do governo no Senado Federal, e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, ambos da mesma sigla, PT.
Assim, a Bahia, que já tem dois ministros - Rui Costa (Casa Civil) e Margareth Menezes (Cultura) -, passaria a ter mais um, desta feita no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Diga-se de passagem, Felipe Freitas tem competência.
A provável ida de Freitas para ocupar o cargo no Ministério em questão traz esperanças, principalmente para a juventude, pois, além do conhecimento técnico necessário que Freitas possui, a indicação mostra que através dos estudos, da dedicação e do caráter é possível ir bem mais longe, derrubar barreiras e preconceitos, ainda tão arraigados no Brasil, e vencer na vida.
Sobre o Felipe é preciso dizer, ainda, que o provável ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil é daqueles que, num passado recente, muitos não lhe creditavam tão promissora carreira pública e profissional, quiçá, por ser negro e da zona rural.
No entanto, Freitas, através da sua luta, talento e inteligência acreditou em si mesmo, formou-se em direito pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde é membro do Grupo de Pesquisa em Criminologia da Uefs - GPCRIM; fez mestrado e doutorado pela Universidade de Brasília (UnB), é professor colaborador do mestrado profissional em criminologia da UFBA, e tem quebrado preconceitos e galgado espaços de poder na vida pública.
Por fim, num país de dimensões continentais tal qual é o Brasil, ser lembrado para uma pasta, repito, tão importante quanto é o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania já é motivo de alegria, além de esperança para muitos jovens, como dito. E nós, como feirenses, obviamente que ficamos felizes e na torcida para que tudo dê certo. Voe alto Felipe Freitas. Vá em frente negão! Você nos representa.
Por Luiz Santos radialista e jornalista
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