O dentista de pre nome Lucas, suspeito de assassinar o metalúrtgico Jacivaldo Pereira Gomes, 44 anos, com um tiro no peito na noite de quarta (15), após uma discussão de trânsito na avenida Eduardo Fróes da Mota (Anel de Contorno), no bairro Lagoa Grande, esteve no Complexo de Delegacias do Bairro Sobradinho na tarde de sexta (17), prestando depoimento acompanhado de um advogado.
Segundo o delegado Gustavo Coutinho, em entrevista ao repórter Gilson Ferreira, Lucas confessou os crimes de homicídio e porte ilegal de arma, alegou que a vítima estava alcoolizada e que pegou a arma no carro para se defender, por se sentir ameaçado por Jacivaldo.
"O acusado se apresentou espontaneamente com seu advogado na sexta (17), Lucas disse em depoimento que durante a manhã estava em seu consultório, atendeu o pai, à tarde, ficou na casa da esposa, por volta das 18:30 ele estava se dirigindo para a igreja. Nesse momento, um veículo colidiu na traseira do seu carro, nisso, ele parou o carro, desceu para saber o que tinha acontecido, começaram uma pequena discussão, os ânimos se acirraram, o dentista alegou que Jacivaldo tinha ingerido bebida alcoólica, a discussão durou cerca de 3 a 5 minutos, disse que a vítima o xingou, partiu para cima, ele foi até o veículo e confessa que pegou uma pistola calibre .380 que tinha no automóvel e apontou em direção à vítima, afirmando que era com o intuito de conter a agressão. Ele disse ainda que mesmo assim, Jacivaldo continuou agredindo verbalmente e pediu para que largasse a arma e saísse na briga. O dentista afirmou que nesse momento, acabou perdendo a cabeça e fez os disparos que atingiram o abdômen da vítima. Ao ser indagado a respeito da arma, ele confessou que a arma é ilegal, adquiriu na mão de terceiros, não tem porte de arma e que usava para se defender, porque estava indo para a chácara da mãe, que fica em um local deserto, com histórico de arrombamento. Ele confessou o crime, disse estar muito arrependido, concorda que foi desproporcional à agressão, mas diz que fez porque perdeu a cabeça por causa de uma discussão de trânsito".
Filha da vítima teria pedido para ele não efetuar o disparo
"Ele disse em depoimento que a sua esposa pediu para ele não atirar, não agredir, a filha da vítima também pediu para que o pai parasse, cada família presente pedindo para que a briga não ocorresse, houve muita gritaria, ele relata isso, que as mulheres estavam muito agitadas com a situação, mas que infelizmente aconteceu esse fato trágico. Ainda segundo o dentista, mesmo após o disparo, a vítima ainda continuava gesticulando, falando em voz alta, após isso, entrou no carro e saiu, não viu mais nada, tomando conhecimento no dia seguinte que a vítima havia falecido. Um dia após o ocorrido, o advogado esteve na delegacia, dizendo que iria apresentar o cliente e a arma de fogo, queria apresentar o carro também, se fosse requisitado, combinamos, faríamos o interrogatório para saber realmente a versão dele, ouvimos também sua esposa, vamos pegar imagem das câmera de segurança, ouvir os familiares e testemunhas e possivelmente pedir a prisão preventiva", concluiu.
Lucas confessou homicídio e o porte ilegal de arma, mas mesmo assim, foi liberado pela autoridade policial, deixando as dependências da delegacia pelos fundos para evitar os protestos de familiares e amigos que clamavam por justiça.
Reportagem: Hely Beltrão e Gilson Ferreira
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