É preciso abrir essa “caixa preta”

Desde os últimos dias do mês de maio temos utilizado este espaço para chamar a atenção dos órgãos fiscalizadores da aplicação do erário público a exemplo do Ministério Público da Bahia (MP-BA), para que intensificassem as fiscalizações nos municípios baianos que estão gastando milhões de reais com os festejos juninos. 

Para ser justo e verdadeiro, sem qualquer pretensão em achar que as ações são fruto deste chamamento, mas, o fato é estes órgãos fiscalizadores como Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público da Bahia saíram dos seus gabinetes, arregaçaram as mangas e passaram a chamar a atenção dos gestores municipais e conseguiram barrar algumas festas. 

Hoje, em mais um chamamento, lembramos a estes mesmos competentes órgãos que olhem minuciosamente para a Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia, ou simplesmente Bahiatursa, órgão do governo da Bahia, subordinada à Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur) e é dirigida pelo senhor Diogo  Rodrigues Medrado. Ao que parece, a Bahiatursa é uma “caixa preta” cujas ações precisam ser mais transparentes.

Questões como as que seguem precisam ser respondidas: Quais são os critérios para escolha de bandas que tocam em várias cidades e recebem altos cachês? Por que essas bandas “favoritas” recebem seus cachês praticamente à vista, enquanto outras levam meses para receber? Quais os requisitos para alguns municípios serem agraciados com bandas para tocar no São João e outros não?

Mesmo sem os festejos juninos, os quais não aconteciam há aproximadamente 2 anos, devido a pandemia da Covid-19, é necessário saber quanto a Bahiatursa investiu antes e quanto está investindo agora em ano eleitoral? Enquanto isso, ligamos a LUPA direcionada para esta Superintendência procurando entender melhor toda a logística usada pelo seu presidente, Diogo Medrado.

Por fim, é bom que o MP-BA possa olhar com mais carinho para a “caixa preta desse avião”, pois deve ter algo anormal. Ou será apenas fruto de reles imaginação?

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Por Luiz Santos Radialista e Jornalista