Estamos vivendo este ano a verdadeira Política do Pão e Circo, prática com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio; expressão muito conhecida e que remete o leitor, a leitora ao império da Roma Antiga. Naquela época, o imperador utilizava distrações como comida e entretenimento para apaziguar o sofrimento da população carente. Com isso, a população ficava contente e a popularidade do imperador entre os mais humildes ficava consolidada.
Nos dias atuais, em pleno século XXI, governantes continuam se utilizando das mesmas práticas para enganar o povo. Outro dia, neste mesmo espaço, chamamos a atenção do Ministério Público da Bahia (MP-BA) no sentido de que abra os olhos em relação à farra com o dinheiro público que muitos prefeitos e prefeitas baianos têm feito com a desculpa de comemorar festejos juninos, gastando milhões com festas em detrimento de investimentos em áreas como saúde, educação, infraestrutura, moradia, etc.
Relembre: Abra o olho Ministério Público!
Enquanto há vida, há esperança. Finalmente o MP-BA se reuniu com outros órgãos fiscalizadores como Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) e conseguiram barrar algumas dessas comemorações após comprovarem que municípios que estão com decreto de emergência investiram menos durante esses primeiros meses em saúde do que gastariam em menos de uma semana com festas cujos investimentos seriam astronômicos.
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Alguns desses municípios são pobres e literalmente, como se diz popularmente, andam com a cuia na mão, pedindo ajuda financeira ao governo Estadual e/ou Federal e querem fazer festas nesse período junino. Cabe-nos alertar, também, ao povo para que abra bem os olhos para com esses gestores gastadores que não cuidam do seu povo durante meses ou anos e agora querem reviver aos costumes da Roma Antiga: oferecer Pão e Circo crendo que aliviarão o sofrimento deste mesmo povo, sendo que, na maioria das vezes, aumentam o sofrimento dos mais carentes.
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Por fim, fiquemos todos de olhos abertos, pois não estamos na Roma Antiga. Que órgãos como o MP-BA continue bem acordado e recomendem o cancelamento de festas que em alguns casos podem custar muito ao erário público; que a justiça continue acatando solicitações do Ministério Público e cancelando essas farras.
Por Luiz Santos, Jornalista e Radialista
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