O 1º de Maio Dia do Trabalhador foi marcado pelo retorno dos trabalhadores às ruas após a pandemia de Covid-19.
Neste domingo em Feira de Santana, trabalhadores e centrais sindicais a exemplo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) marcaram presença na Praça Padre Ovídio em protesto contra as Reformas Trabalhista, Previdenciária e aos governos Municipal, Estadual e Federal.
Em entrevista ao Conectado News, o professor da Universidade Estadual de Feira de Santana(UEFS) e representante da ADUNEB-Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia, Clovis Federico Ramaiana,falou sobre a importância da data para o trabalhador, "precisamos reencontrar o caminho da rua, refazer as forças, muita gente perdeu familiares, empregos, muita miséria aconteceu entre os trabalhadores, para reencontrar o caminho é preciso se ajuntar, o 1º de Maio é um momento de comunhão dos trabalhadores para pensar em formas de construir o futuro”, disse.
“Nada chega para os trabalhadores sem luta, cada conquista realizada ao longo dos últimos 500 anos foi com muita luta”,diz.
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Para classificar o momento marcante da história , o professor destacou, “estamos vivendo o pior momento da história do Brasil e em Feira de Santana. O governo é fascista, inimigo e despreza os trabalhadores, pensa nas reinvindicações dos empregados como agitação inútil,” declarou.
Segundo Ramaiana, a pandemia foi uma crise grave e com as escolhas políticas que esse governo inimigo fez, nunca vivemos uma situação tão difícil no país”, disse.
Para melhorar a situação o professor sugeriu, "unir esperança e estabelecer a solidariedade entre os trabalhadores a partir daí apresentar um projeto distinto do apresentado pelo Governo Federal, “diz.
Délcio Mendes, integrante do Sindicato dos Empregados no Comércio de Feira de Santana, disse, "é importante essa manifestação hoje para que os trabalhadores sintam que não morreu o 1º de Maio por mais que alguém queira acabar com a data não vai conseguir, porque é uma tradição e necessidade do trabalhador participar para fazer que esse dia fique vivo dando oportunidade dos mesmos se manifestarem”, diz.
A presidente do Sindicato dos Professores de Feira (APLB), Marlede Oliveira ,disse a data representa muito para os profissionais em educação, "é dia de comemorar e reivindicar a luta dos trabalhadores do Brasil, estamos com várias perdas desde o golpe de 2016, que veio a Reforma Trabalhista e da Previdência, estamos vivendo o desemprego, a violência aumentou, as questões sociais pioraram no país", relata a sindicalista.
"Em Feira vivemos momentos difíceis na nossa categoria , estávamos com os salários atrasados , precisamos ir várias vezes à Secretaria de Educação do Município para receber salario que estava atrasado dos meses de fevereiro e março”, conta Marlede.
"O Governo Municipal continua querendo enganar a comunidade, tem escolas que não estão funcionado, não começaram o ano letivo, é a precariedade da educação, por isso os trabalhadores também são penalizados, o Executivo quer dizer que todo esse caos que a educação está é responsabilidade nossa, mas estamos resistindo, a APLB, tem 70 anos de luta e resistência na defesa do trabalho para garantir os direitos sociais e da vida, o trabalhador é a mola do capital, queremos uma sociedade igualitária e justa para todos”, afirmou a presidente da APLB.
O deputado estadual Mario Augusto de Almeida Neto (PT) conhecido por Jacó disse ,"esse evento é importante durante a pandemia, a sociedade ficou em reclusão e diante da necessidade do cenário político que impõe a Reforma Trabalhista e Previdência, as centrais sindicais se uniram e estão fazendo essa luta neste 1º de Maio de forma coletiva, Bolsonaro é o Governo da fome e do desemprego”, diz.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Feira de Santana Josenilton Ferreira Pereira (Cebola) afirmou, “esse dia simboliza resistência, nós trabalhadores não temos nada para comemorar, nossos diretos foram tirados, as grandes categorias que tem as Convenções Coletivas nos garantem ter nossos direitos mantidos pelo menos na Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-Bahia)". diz.
Nos discursos feitos durante a manifestação as criticas foram voltadas contra as reformas Trabalhista e Previdência e aos gestores, prefeito de Feira de Santana Colbert Martins (MDB),o governador da Bahia Rui Costa (PT) e o presidente do Brasil Bolsonaro(PL), o “Fora Bolsonaro” foi um dos destaques.
Com faixas admiradores da ex- vereadora Marielle(PSOL-RJ) Franco homenagearam a mesma, lembrando que há 2 anos de luta por justiça, Franco era uma das defensoras dos direitos dos trabalhadores.
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Reportagem Luiz Santos e Ana Meire Dais
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