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Feira de Santana Denúncia

Presidente de Instituto entra com ação no Ministério Público contra a SESAB por irregularidades no Hospital Geral Cleriston Andrade

Edklercio de Mendonça Gomes, presidente do IDDH - Instituto de Defesa da Dignidade Humana

27/04/2022 16h43 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Divulgação/Ascom
Divulgação/Ascom

O presidente do IDDH (Instituto de Defesa da Dignidade Humana) Edklercio de Mendonça Gomes, entrou com uma ação no Ministério Público do Trabalho contra a SESAB (Secretaria Estadual de Saúde da Bahia) denunciando supostas irregularidades no Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA), em Feira de Santana.

Edklércio disse em entrevista ao Conectado News, que mudanças ocorreram no hospital por conta de irregularidades da administração na saúde. "Em 2010, quando inaugurado o Hospital Estadual da Criança em Feira de Santana houve um processo seletivo para a contratação de emergência pela Instituto Sócrates Guanães (ISG). Em 2012 o ISG é  substituído pela OSID - Obras Sociais Irmã Dulce,  com processo seletivo também de emergência por irregularidades exatamente na gestão e por não estar funcionando como deveria o Hospital Estadual da Criança. Em 2014, eu  coloquei na denúncia que não havia encontrado registros de contratações na saúde em Feira de Santana, mas depois encontrei 456 vagas de um processo também na área da saúde. Em 2016, a inauguração da UPA do Estado da Bahia (Unidade de Pronto Atendimento) aqui em Feira de Santana com processo seletivo de contratação de emergência. Em 2018, a Policlínica passou pela mesma situação, o processo seletivo de urgência e emergência para contratação. Em 2020, na inauguração do Cleriston Andrade 02, estávamos em momento de pandemia,  na verdade  não foi a inauguração de um hospital mas a abertura da UTI COVID, e posteriormente se transformou em uma UTI geral e a transferência do centro cirúrgico do Cleriston 1,  para o Cleriston 2, não havendo assim um ganho efetivo, e o Centro de Hemorragia Digestiva que passou a funcionar", afirmou.

O presidente do IDDH chamou atenção, segundo ele, para as contratações irregulares em períodos eleitorais, e para a ausência de processo seletivo:

"A cronologia das contratações, a forma como estão sendo feitas, sempre em períodos eleitorais, culmina  agora além dessa denúncia de não haver um processo seletivo, e eu tive o cuidado de encaminhar para ouvidoria do Estado um e-mail questionando se havia previsão ou algum processo seletivo aberto no estado da Bahia para contratação REDA (Regime de Direito Administrativo) do Cleriston Andrade e recebi a resposta da ouvidoria da SESAB (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), nós tivemos a contratação agora do Coordenador do Núcleo Regional de Saúde, ou seja a antiga DIRES (Diretoria Regional de Saúde) Edy Gomes. Tínhamos 31 DIRES, reduziram para 09 coordenações regionais, na cabeça de qualquer leigo aumentou-se o trabalho, é um cargo de integralidade e dedicação exclusiva, foi contratado como enfermeiro fiscal do Cleriston Andrade, e o Sr. Gildevan, que está há 21 anos no Cleriston, desde a higienização,  copeiro, técnico em enfermagem e foi evoluindo, seria até uma história bonita de se contar, de ascendência se não tivesse relação com a situação que está acontecendo agora. Foi candidato inclusive na base do governo, durante o período foi afastado e não demitido, conforme a lei exige, porque ele não é concursado, então não tinha que manter os seus proventos e  seu vínculo, foi contemplado recentemente com um novo REDA, esse profissional técnico de enfermagem atua dentro do centro cirúrgico e segundo as denúncias que recebemos e a época também que eu era enfermeiro de centro cirúrgico pude visualizar isso, é a pessoa responsável e não a enfermeira coordenadora ou administrativa, ele é o responsável pela marcação de cirurgias por Videolaparoscopia ou seja aquela cirurgias que não estão abertas, são utilizados materiais especiais. A Empresa Nova Medical que fornece os materiais, tem ele como a pessoa responsável exatamente pela distribuição desses materiais dentro do centro cirúrgico. 

Não conseguimos contato com Dr. Pitangueira até o momento da publicação da reportagem.

Reportagem: Hely Beltrão

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