Se mantido o cenário da última pesquisa da Quaest/Genial de intenção de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2022 divulgada na quarta-feira (12), onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança com 45%, contra 23% do presidente, Jair Bolsonaro (PL). O atual presidente caminha a passos largos e falas polêmicas para feitor de ser único presidente eleito desde que a emenda de reeleição que foi promulgada em 1997, a não conseguir renovar o mandato.
Primeiro beneficiado pela mudança, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, chegou a admitir quase vinte anos depois que o empenho do seu governo e consequente aprovação da emenda na constituição mostrou-se um erro.
Após ele, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi reeleito e deixou o segundo mandato com índices de aprovação, que indicavam que caso houvesse possibilidade legal à época, este poderia ser conduzido para um terceiro mandato consecutivo.
Um cenário completamente oposto para Dilma Rousseff(PT) que retirada do poder por seus ex-aliados, acabou por ver seu vice assumir o cargo em cerimônia repleta de ofensas e comemorações dos grupos que não muito antes ornavam as mesas palacianas ao seu lado.
Político experimentado em todos os gostos e ventos de Brasília,Michel Temer(MDB) decidiu não arriscar uma derrota e retornou para o campo das articulações em jantares temperados com humor e sarcasmo.
De volta ao atual mandatário da república, Jair Bolsonaro(PL), é figura construída das entranhas do centrão, a quase três décadas recebeu os soldos pomposos da câmara dos deputados. Sua atuação como congressistas ganhou destaque mais por suas declarações que pela apresentação de projetos, que em tese seria o motivo para receber os abonados salários de deputado.
Em 2018, após a lava-jato do ex-juiz/ex-ministro e atual candidato a candidato Sérgio Moro(Podemos), Bolsonaro emerge com um discurso de aliado com a ruptura de " tudo que está aí".
Eleito, chega ao terceiro ano com uma fatia do eleitorado, bem menor, sem a euforia anterior, com inflação montada nas costas dos brasileiros, atuação na pandemia que custa a ser crível e com seu principal adversário livre das acusações anteriores.
O início de 2022 tem feito surgir a especulação de que Bolsonaro poderia desistir concorrer à reeleição.
Mas, apesar do cenário atual das pesquisas que indicam vantagem consolidada de Lula da Silva, para o cientista Político Paulo Baia que é Professor da Universidade Federal do Rio de janeiro, em entrevista à jornalista Emanuelle Pilger, o atual presidente deve chegar ao segundo turno pois tem uma fatia do eleitorado muito fiel.
Ainda de acordo com Paulo Baia, Bolsonaro precisaria renunciar ao cargo em meados de abril caso deseje concorrer ao senado ou a câmara federal e garantir privilegiado foro.
Reportagem Emanuelle Pilger
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